Com o sucesso de pol�ticas de governo como a valoriza��o do sal�rio m�nimo e o controle da infla��o, a nova classe C passou a ser protagonista do crescimento econ�mico do pa�s nos �ltimos anos. O reflexo direto dessa melhora de renda foi primeiramente sentido no consumo interno. Entre 2003 e 2012, as vendas do com�rcio varejista brasileiro dispararam 103,1%. C�lculos da Secretaria de Assuntos Especiais (SAE) da Presid�ncia da Rep�blica mostram que, somente neste ano, a classe m�dia vai despejar no mercado o equivalente a R$ 1 trilh�o.
Boa parte desse dinheiro, lembra a consultoria GFK, jorrou nas lojas de eletrodom�sticos e eletr�nicos. Entre janeiro e junho, o faturamento do segmento chegou a R$ 54,3 bilh�es. Contra os seis primeiros meses de 2011, houve um aumento de 1,6% no faturamento das redes, o que significa quase R$ 1 bilh�o a mais em dinheiro circulando no mercado. Isso em um ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer, no m�ximo, 1%.
Muito dessa disposi��o em abrir a carteira se deve � melhora dos produtos a disposi��o para o consumidor. Mais modernos e cada vez mais baratos (comparativamente aos pre�os praticados no passado), eles est�o atraindo uma legi�o de adoradores. Dos tr�s itens de tecnologia mais vendidos no Brasil nos �ltimos seis meses, dois deles servem para falar ao telefone: o celular, com 39%, e o smartphone, com 30%. A segunda posi��o fica com a TV (31%).
N�o � toa, o gasto do brasileiro com esses itens tem disparado nos �ltimos anos. Um estudo da Fecom�rcio-SP mostra que, entre 2003 e 2009, a despesa mensal da classe m�dia com o telefone celular aumentou 70%. Em m�dia, o custo familiar com esses dispositivos saltou de R$ 17,68, em 2003, para R$ 28,93, em m�dia, em 2009.
Conectados, consumistas e, sobretudo, preocupados com qualidade. Os consumidores da nova classe m�dia querem pagar barato pelos itens de tecnologia, mas nem por isso deixam de exigir o melhor. “Essas pessoas sabem que t�m pouco espa�o para errar, porque qualquer item tecnol�gico que compram significa comprometer uma consider�vel parte dos seus rendimentoss. Ent�o � aquele neg�cio, vale quanto pesa”, diz a diretora de marketing da �rea de telecom da Samsung Brasil, Paula Leal Costa.
Por qualidade, entenda-se aparelhos multifuncionais, port�teis e modernos. Ap�s adquirir o mais popular dos bens tecnol�gicos, o aparelho celular, o brasileiro vai agora atr�s de mais modernidade. Uma pesquisa feita em outubro com 524 pessoas mostrou quais itens s�o preferidos pelo consumidor. Questionados sobre qual ser� a pr�xima compra nos pr�ximos seis meses, 35% dos entrevistados disseram ambicionar um tablet. A lista tem ainda outros populares como o notebook (33%), a TV (30%) e o smartphone (29%). (DB)