O comprometimento da renda do brasileiro com o pagamento de d�vidas banc�rias recuou em outubro pelo terceiro m�s consecutivo, segundo dados do Banco Central. Naquele m�s, as fam�lias gastavam o equivalente a 21,5% da sua renda mensal com o pagamento de presta��es, ante 21,9% em setembro. O resultado de outubro � o menor desde julho de 2011, quando estava em 21 4%.
O BC tamb�m possui outra forma de calcular a rela��o entre renda e d�vida. Segundo a institui��o, o endividamento dos brasileiros com o sistema banc�rio equivalia, em outubro, a 44,53% da sua renda anual, maior porcentual da s�rie hist�rica iniciada em janeiro de 2005. No m�s anterior, o endividamento estava praticamente no mesmo n�vel, em 44,47%.
Uma explica��o para a queda no comprometimento da renda em um momento em que a d�vida total cresce � que grande parte desses empr�stimos se referem a cr�dito imobili�rio, que � pago em prazos maiores que outras d�vidas. Se forem exclu�das as opera��es habitacionais, o endividamento total cai para 30,94% em outubro, menor porcentual desde dezembro de 2011 (30,92%). J� o pagamento mensal das presta��es sem o cr�dito imobili�rio est� em 20,2%.
O BC vem afirmando que o endividamento das fam�lias segue praticamente est�vel e que o cr�dito ao consumo cresce hoje praticamente junto com o aumento da renda. Avalia tamb�m que a troca do pagamento de aluguel pela presta��o da casa pr�pria � um fator positivo. Destaca ainda que o cr�dito imobili�rio � uma linha com baixa taxa de inadimpl�ncia.
Recorde
A libera��o de empr�stimos imobili�rios pela Caixa Econ�mica Federal chegou a R$ 101 bilh�es na semana passada, valor recorde para um �nico ano. Isso representa crescimento de 33,8% em rela��o ao mesmo per�odo no ano passado.
Segundo o vice-presidente de Governo e Habita��o da Caixa, Jos� Urbano Duarte, a previs�o para o pr�ximo ano � que o cr�dito imobili�rio alcance a marca de R$ 120 bilh�es. Ele lembra que o banco reduziu neste ano os juros do cr�dito imobili�rio em at� 21%. Nas opera��es com recursos da poupan�a, aumentou o prazo de financiamento de 30 para 35 anos.
Dos empr�stimos liberados neste ano, R$ 44,95 bilh�es correspondem a recursos do Sistema Brasileiro de Poupan�a e Empr�stimo (SBPE). Outros R$ 38,7 bilh�es s�o linhas do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). O valor restante utiliza outras fontes de financiamento.