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Estado de Minas

Economia do pa�s ter� que crescer acima de 4% em 2013 para criar mais empregos, segundo Dieese


postado em 30/12/2012 11:49

A economia brasileira ter� de crescer a taxas bem superiores � m�dia apontada por analistas (oscilando entre 3% e 4%), para que haja aumento de postos de trabalho e uma queda mais expressiva na taxa de desemprego. A avalia��o foi feita � Ag�ncia Brasil pelo economista Clemente Ganz L�cio, diretor t�cnico do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese).

Ele justificou que h� uma capacidade ociosa nas empresas e a estrat�gia delas, em um primeiro momento, pode ser a de estender a jornada do pessoal j� ocupado com ado��o de horas extras. Se o Produto Interno Bruto (PIB) ficar pr�ximo dos 3%, a taxa de ocupa��o pode ficar est�vel, acredita Ganz L�cio.

Dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), referente a novembro �ltimo, indicou leve queda na taxa de desemprego, que passou de 5,3% para 4,9%. Houve um recuo tamb�m no �ndice apurado em conjunto pelo Dieese e pela Funda��o Sistema Estadual de An�lise de Dados (Seade), com a constata��o de que 10,5% da Popula��o Economicamente Ativa (PEA) estavam desempregados em outubro, ante 10,9%, em setembro.

O levantamento relativo � Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Funda��o Seade e do Dieese, � feito em sete regi�es metropolitanas: Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador, S�o Paulo, Porto Alegre e Distrito Federal. Entre outubro do ano passado e igual m�s deste ano, foram criados 514 mil empregos, n�mero menor do que o total de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (691 mil), o que elevou neste per�odo em 177 mil o total de desempregados (2,365 milh�es).

Embora, na virada de setembro para outubro, a ind�stria tenha sido a que mais contratou m�o de obra com a oferta de 75 mil vagas e um crescimento de 2,5%, sobre outubro de 2011, o setor encolheu o n�mero de vagas em 0,8% com a elimina��o de 24 mil postos de trabalho. E � essa �rea do setor produtivo que pode vir, segundo Clemente Ganz L�cio, a impulsionar a economia, no pr�ximo ano.

“H� uma sinaliza��o de retomada do emprego na ind�stria”, ressaltou o economista. Ele observou que, embora este segmento econ�mico tenha sido mais afetado pela queda na demanda internacional, houve a compensa��o dos benef�cios concedidos pelo governo federal como, por exemplo, a medida de desonera��o da folha de pagamento, oferta de linhas de cr�dito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) entre outros est�mulos.

Esse quadro permitiu “uma certa din�mica da economia”, com manuten��o da taxa de desemprego mais baixa e com ganhos salariais acima da infla��o. No entanto, segundo Clemente, muitas empresas colocaram os investimentos “na geladeira”. Com base em proje��es dos analistas, ele disse que a taxa de investimento neste ano ficou entre 18 e 19% e deveria alcan�ar algo em torno de 25% para que a economia crescesse entre 4 a 5%.

Na opini�o dele, o desempenho da economia no ano que vem vai depender da rea��o externa, do quanto a Europa ser� capaz de contornar a crise no bloco do euro; da capacidade da China em aumentar as importa��es e do reaquecimento nos Estados Unidos.

“O Brasil n�o vai se sustentar para um crescimento t�o grande se for depender apenas do mercado interno”, disse ele, pontuando que “emprego e renda s�o fundamentais para o crescimento”. O economista salientou que, em alguns segmentos, “tivemos uma situa��o de pleno emprego”, caso da constru��o civil. Por�m, advertiu a necessidade de o pa�s corrigir o problema da falta de profissionais especializados.

Um dos obst�culos a serem vencido para melhorar a competitividade em n�vel mundial, segundo ele, � a redu��o da diferen�a de custo da m�o de obra. De acordo com Ganz L�cio, a hora trabalhada nas empresas brasileiras custa entre cinco a sete vezes mais do que na China, e o valor na Alemanha equivale a um ter�o do gasto no Brasil, esclareceu.

Al�m disso, Clemente defendeu que a economia estar� cada vez mais integrada. Ante essa realidade, sugere que � preciso tamb�m investir mais em inova��o tecnol�gica e na capacidade de circula��o de mercadorias por meio de melhorias da infraestrutura, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.


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