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Estado de Minas

Economistas fazem apostas para o crescimento econ�mico em 2013

Produto Interno Bruto (PIB) maior que o de 2012, taxa b�sica de juros sem altera��es e infla��o controlada. De forma geral, especialistas esperam bons ventos para o ano que come�a amanh�


postado em 31/12/2012 00:12 / atualizado em 31/12/2012 07:21

O ano se renova, assim como as expectativas do mercado em rela��o ao desempenho da economia nos pr�ximos 12 meses. Sem muito otimismo, diante da sequ�ncia de dois anos de frustra��o, economistas garantem que a margem para erros – muito cometidos em 2011 e 2012, por sinal – est� menor. Primeiro porque a base de compara��o est� bastante deprimida e qualquer rea��o – ainda que sutil – da atividade econ�mica nos pr�ximos trimestres tende a garantir resultados positivos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 2,7% no ano passado e dificilmente vai superar a marca de 1% este ano.

Segundo porque o esfor�o do governo em aquecer a ind�stria e atrair investimentos deve finalmente surtir efeito. O Estado de Minas levantou as previs�es de nove especialistas na �rea – entre institui��es financeiras, consultorias e representantes setoriais – e constatou que as apostas para fechamento do PIB em 2013 varia entre 2,9% e 4%, esse �ltimo percentual estimado tamb�m pelo governo.

Andrew Storfer, diretor de Economia e membro do Conselho de Administra��o da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), mant�m um certo ceticismo, e entre os especialistas � o que prev� o pior desempenho do PIB no pr�ximo ano (veja quadro). “� a segunda vez consecutiva que o governo promete uma coisa e n�o entrega. Em 2011 estimou crescimento entre 5% e 5,5% e este ano entre 4% e 4,5%. Quando se fala em 3,5% a 4% em 2013, todos j� ficam desconfiados”, afirma.

O superintendente-executivo de Gest�o de Patrim�nio do HSBC, Gilberto Poso, tamb�m faz avalia��es mais cautelosas quanto ao futuro, principalmente no que diz respeito aos investimentos. “As interven��es realizadas pelo governo em determinados setores da economia n�o s�o bem-vistas e atrapalham a entrada de capital estrangeiro”, explica Poso. “Existe um alto n�vel de incerteza por parte do empresariado diante de uma pol�tica econ�mica que ainda se pauta por a��es de curto prazo, sem consist�ncia e voltadas apenas para apagar inc�ndios”, acrescenta. Storfer ainda completa: “O governo gera inseguran�a ao passar por cima das boas pr�ticas do mercado”.

O c�mbio, por sua vez, deve garantir um certo f�lego aos empres�rios e ajudar a tirar alguns projetos do papel. “Os investimentos foram adiados este ano por conta da concorr�ncia com o importado. Gerou-se um receio de ampliar f�bricas e produ��o diante da possibilidade de perda de mercado para produtos de fora”, observa o s�cio e diretor da consultoria LCA, Fernando Sampaio. Para o especialista, a mudan�a na pol�tica cambial refor�a a expectativa de um ano melhor.

SELIC  EST�VEL?


A rea��o da atividade econ�mica n�o deve ser suficiente para pressionar a infla��o ou motivar a eleva��o da taxa b�sica de juros. Sete entre nove institui��es procuradas pela reportagem apostam na manuten��o da Selic em 7,25% ao longo de 2013, menor n�vel j� registrado pela economia brasileira.

Os economistas do Ita� acreditam que ainda h� espa�o para cortes e aposta em Selic de 6,25% no encerramento do pr�ximo ano, enquanto a ag�ncia classificadora de riscos Auntin Rating espera alta de 1,5 ponto percentual, motivada pelo ritmo mais acelerado de crescimento.

DRAG�O CONTIDO? A verdade � que a maioria n�o acredita que a infla��o exercer� press�o suficiente para balizar as decis�es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom). A perspectiva mais pessimista em rela��o ao �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (IPCA) � de 5,6% resultado abaixo do teto da meta de 6,5% estipulada pelo Pal�cio do Planalto.

Este ano o �ndice que mede o custo de vida dos brasileiros acumula alta de 5,53%, cen�rio que dificilmente ser� mudado. As �ltimas decep��es e as constantes revis�es dos indicadores de 2012 e 2011, por�m, mostram que o jogo n�o est� ganho e que 2013 pode guardar grandes surpresas como as dos �ltimos dois anos.

 

Erros em cascata

 

Assim como 2013, o ano que se despede hoje tamb�m come�ou carregado de expectativas quanto � recupera��o, mesmo que gradual, da economia. A cada novo indicador divulgado, por�m, elas foram caindo por terra. No �ltimo Boletim Focus de 2011 – uma compila��o das an�lises de mercado realizada pelo Banco Central com cerca de 100 economistas – as apostas eram de PIB de 3,3% em 2012, percentual amplamente revisado at� o atual 1%.

O s�cio e diretor da consultoria LCA, Fernando Sampaio, reconhece que havia um otimismo, mesmo que moderado, na virada do ano. “Ach�vamos que cresceria 3,1% e agora estamos estimando 1,2%”, afirma. Ele confere as constantes frustra��es � instabilidade econ�mica nos pa�ses ricos. “Essa crise est� demorando a se dissipar e ainda h� receio de uma reca�da mais forte, o que mant�m o empresariado mais cauteloso”, explica.

O superintendente-executivo de Gest�o de Patrim�nio do HSBC, Gilberto Poso, reconhece que � sobre a Europa que devem pairar as maiores incertezas em 2013, sem contar o abismo fiscal americano. “Acredito que esse �ltimo est� caminhando para uma solu��o”, afirma. � preciso lembrar ainda da desacelera��o da China, que tem importantes efeitos sobre a economia brasileira. “O grande impacto ficou por conta da din�mica internacional”, avalia Poso.

Com a expectativa de que o crescimento do tigre asi�tico supere 8% em 2013 – pouco mais que os 7,7% estimados para este ano – o diretor de Economia da Anefac, Andrew Storfer, acredita que o principal parceiro comercial do Brasil possa incentivar mais neg�cios daqui para frente. “D� um certo alento. Al�m disso, h� um cen�rio mais prov�vel de que a Europa e os Estados Unidos continuem andando de lado e o mercado internacional continue como est� hoje”, avalia.

Analistas n�o descartam influ�ncias internas nos resultados atuais. Em 2011, o governo tomou uma s�rie de medidas para frear a economia, que vinha embalada de 2010, quando cresceu 7,5%, e que j� pressionava a infla��o, que acabou cravando 6,5% no fim do ano – limite tolerado pela equipe econ�mica. A Selic foi ajustada de 11,25% para 12,50% e somente em agosto voltou a sofrer cortes. Mesmo diante das interroga��es, Storfer garante que 2013 ser� melhor que 2012 principalmente porque “pior do que est� � imposs�vel”. (PT)


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