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Estado de Minas

D�lar deve ter ano de oscila��es por causa da crise internaiconal

A valoriza��o da moeda � imprevis�vel e depende da crise internacional, mas mercado aposta que teto ser� R$ 2,30


postado em 02/01/2013 00:12 / atualizado em 02/01/2013 07:29

Qual � a expectativa do valor do c�mbio no Brasil para 2013? O mercado aposta numa varia��o entre R$ 2 e R$ 2,30, mas a resposta exata para essa pergunta s� o governo pode dar. Nas entrelinhas, o recado do Banco Central �: o c�mbio n�o vai explodir. � o que mostra o �ltimo relat�rio trimestral de infla��o divulgado pelo Banco Central (BC). Segundo a autoridade monet�ria, o cen�rio de refer�ncia pressup�e manuten��o da taxa de c�mbio em R$ 2,05. Para garantir que a moeda americana permane�a nesse n�vel, o governo vem realizando uma s�rie de opera��es de venda do d�lar no mercado futuro (leil�es de swap).


Na opini�o de Miguel Daoud, s�cio-diretor da Global Financial Advisor, a press�o de alta do d�lar � forte porque a economia brasileira est� pouco atrativa para os investidores, por causa da inseguran�a nos contratos. “O BC est� tentando segurar o d�lar. J� fez v�rios leil�es (de swap), mas � dif�cil manter uma queda de bra�os com o mercado quando ele mostra uma tend�ncia.” Nesse cen�rio, segundo ele, quem vai viajar nos pr�ximos seis meses pode comprar j� os d�lares que vai precisar. “O principal � nunca tentar ganhar dinheiro especulando com d�lar. Opera��es com moeda estrangeira se fazem no mercado futuro e n�o no mercado � vista”, orienta.

Para Nathan Blanche, s�cio da Tend�ncias Consultoria, as medidas adotadas pelo governo para controlar a performance de pre�os da moeda norte-americana s�o preocupantes. Na avalia��o dele, o governo alterou o regime cambial do pa�s a partir de abril de 2012 na dire��o de uma pol�tica de c�mbio administrado. “A varia��o do d�lar n�o tem refletido os fundamentos econ�micos do mercado e sim as decis�es do governo”, pontua.

No fim de novembro, em uma reuni�o a portas fechadas entre empres�rios e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o d�lar estava cotado a R$ 2,12. “Ele disse que
R$ 2 era o piso. Esper�vamos mais, R$ 2,20, e a presidente a Rep�blica confirmou. Mas no dia seguinte ela disse que o d�lar tinha gordura para queimar”, lembra Jos� Augusto de Castro, vice-presidente da Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (AEB). Comparando com a cota��o de R$ 1,70, no fim de 2011, o cen�rio para a ind�stria melhorou. “Acredito que 2012 tenha encerrado com o c�mbio m�dio entre R$ 1,90 a R$ 2 e neste ano a situa��o deve ficar, no m�nimo, igual”, afirma.

A ind�stria nacional espera, pelo menos, que a moeda americana permane�a no patamar atual. Com isso, os pre�os dos produtos vendidos pelo Brasil l� fora ficam mais competitivos e o setor se fortalece, intensificando as exporta��es. O efeito colateral, nesse caso, � o aumento da infla��o. Por outro lado, com o real valorizado, � mais f�cil manter a alta de pre�os sob controle. O problema � que a enxurrada de importados desmonta o parque industrial brasileiro. (Colaborou Paula Takahashi)

 

Empres�rios na encruzilhada

 

As opini�es de empres�rios e agentes de mercado quanto ao c�mbio variam. “O d�lar dever� chegar ao fim de 2013 valendo algo em torno de R$ 2,20 e R$ 2,25. Nesse n�vel, as exporta��es da ind�stria mineira tendem a melhorar”, avalia Lincoln Gon�alves Fernandes, presidente do Conselho de Pol�tica Econ�mica da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Jos� Augusto de Castro afirma que “gostaria muito” de testemunhar a moeda americana chegar a R$ 2,30, mas v� poucas chances de isso acontecer. Por outro lado, como est�mulo �s vendas externas, o governo anunciou a prorroga��o do Reintegra, programa que prev� a devolu��o de 3% do faturamento com exporta��es de manufatura para compensar a cobran�a de tributos residuais pagos ao longo da cadeira produtiva, que venceria em 31 de dezembro. “Estamos numa esp�cie de encruzilhada”, pontua o professor de finan�as Paulo Vieira.

Na consultoria de an�lise do risco Austing Rating, a proje��o para 2012 � de R$ 2 a R$ 2,10. “As medidas antic�clicas que o governo vem adotando est�o deixando o c�mbio nessa faixa, embora isso n�o tenha sido anotado em lugar nenhum. Acreditamos que, em virtude da retomada t�nue e gradual da economia global, o c�mbio venha a ser fechado em R$ 2. Mas o mercado aposta num c�mbio mais forte”, diz Felipe Queiroz, analista da Austin Rating. Na vis�o dele, com a moeda americana nesse n�vel, haver� est�mulo maior � exporta��o.

“O c�mbio vinha num processo cont�nuo de valoriza��o e isso estimulava a importa��o no Brasil. A ind�stria nacional, por sua vez, n�o conseguia exportar por conta da retra��o da demanda no mercado internacional e dos pre�os pouco competitivos das mercadorias fabricadas no Brasil”, observa Queiroz. O diretor adjunto do Departamento de Rela��es Internacionais e Com�rcio Exterior da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto, no entanto, j� admite que 2013 ser� um ano melhor do que 2012 para o com�rcio exterior. Para este ano, a entidade prev� um aumento do valor exportado para US$ 255,9 bilh�es, enquanto as importa��es devem chegar a US$ 235,3 bilh�es. (ZF)


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