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Estado de Minas

Acordo que evita abismo fiscal traz al�vio provis�rio nos Estados Unidos

Aprova��o acalma os mercados, mas outras decis�es ficaram para fevereiro


postado em 03/01/2013 06:30 / atualizado em 03/01/2013 07:33

Bras�lia – Os Estados Unidos e os mercados financeiros globais respiraram aliviados ontem, primeiro dia �til de 2013, gra�as � aprova��o, na noite de ter�a-feira, pela C�mara dos Representantes do acordo que evitou uma cat�strofe econ�mica batizada de abismo fiscal. Ap�s longas e tensas negocia��es, os deputados confirmaram o pacote legal aprovado pelo Senado na madrugada do dia 1º, que impediu aumentos autom�ticos de impostos e cortes de gastos que levariam a maior economia do planeta � recess�o, com impacto negativo sobre os demais pa�ses. N�o � toa, a not�cia sobre o consenso para driblar um buraco de US$ 600 bilh�es este ano levou otimismo �s bolsas de todo o mundo, com preg�es em alta de at� 3%.

O acordo no Congresso foi uma clara vit�ria do presidente democrata Barack Obama, reeleito com a promessa de resolver problemas econ�micos, em parte via aumento dos impostos sobre os norte-americanos mais ricos. A oposi��o republicana, que domina a C�mara, foi for�ada a referendar uma proposta contr�ria a sua ideologia. O entendimento bipartid�rio resolve ainda, em car�ter provis�rio, as incertezas sobre se os EUA podem superar profundas diverg�ncias pol�ticas para impedir uma piora da situa��o econ�mica quando a rea��o � crise de 2008 e 2009, a maior em 80 anos, est� s� come�ando.

Resta ainda aos poderes Executivo e Legislativo equacionar a evolu��o do endividamento do pa�s, que j� passa de US$ 16 trilh�es, acima do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas). Logo ap�s o resultado da vota��o na C�mara, Obama disse que o acordo representa “apenas um passo” em um contexto de um esfor�o mais amplo de melhora da economia. Ao classificar o d�ficit de demasiado alto, ele disse estar aberto a um compromisso para reduzi-lo de forma equilibrada no horizonte de at� 10 anos.

PERDAS E GANHOS Para especialistas, o pior j� passou, gra�as ao acerto celebrado na �ltima hora pelo Congresso, mas continuar�o dif�ceis as negocia��es para ajustar receitas e despesas federais nos pr�ximos anos. Ambos os lados (republicanos e democratas) cederam um pouco. “Embora n�o tenha conseguido tudo o que desejava, Obama garantiu relativa tranquilidade para os seis primeiros meses de seu segundo mandato”, diz Gilberto Braga, professor do Ibmec-RJ. Para ele, o tamanho dos desafios fiscais a partir do segundo semestre vai depender da evolu��o do PIB. “O presidente ganhou uma batalha, mas n�o a guerra.”

Com 275 votos a favor e 167 contra, a C�mara p�s fim a duas semanas de confrontos e negocia��es em Washington, mas n�o resolveu outros confrontos pol�ticos sobre o or�amento. Ap�s a resposta pragm�tica e racional do Congresso, o restante dos desafios ainda causa desconfian�a. Os cortes obrigat�rios foram suspensos por apenas dois meses, para perto de um momento em que a Casa Branca ter� que encarar um aumento do teto dos seus empr�stimos. Assim, uma outra onda de ansiedade � esperada a partir de fevereiro.

O pouco de sossego conseguido n�o elimina o fato de que a economia global segue amea�ada de retra��o. “As dificuldades na Europa est�o se agravando, a China se esfor�a para manter seu crescimento e os EUA ainda buscam formas de acelerar a economia”, avalia Ricardo Rocha, professor da Funda��o Vanzolini (SP). Para n�o viver outros dias de ang�stia, Obama se adiantou ontem, ao pedir aos parlamentares um pouco “menos de drama” quando Congresso e governo forem negociar as pr�ximas quest�es fiscais. O pacote aprovado vai aumentar os d�ficits or�ament�rios em quase US$ 4 trilh�es nos pr�ximos 10 anos.


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