
A montadora sediada em Betim ainda n�o anunciou o reajuste �s concession�rias, que esperam a alta ao longo da primeira quinzena de janeiro. Seria o segundo reajuste da empresa em pouco mais de um m�s. Em dezembro, a fabricante elevou os pre�os de alguns ve�culos em 1%, em m�dia, como o Fiat500. A
Volkswagen tamb�m j� havia se antecipado e encareceu a linha Gol em percentual semelhante � concorrente. O gerente de vendas da Automax Fiat, Geraldo Amaral, reconhece que, apesar de a montadora italiana n�o ter repassado qualquer aumento at� agora, os ajustes devem vir. “Ser�o em doses homeop�ticas, na primeira quinzena de janeiro”, garante.
Segundo Carlos Eduardo Martins, gerente de vendas de novos e usados da Recreio, concession�ria Volkswagen, o aumento da tabela em 1%, que aconteceu na virada do ano, j� era esperado. “� rotineira a mudan�a nesta �poca, que, no caso de um ve�culo popular 1.0, pode representar alta de cerca de R$ 900 a R$ 1 mil no custo total do carro”, calcula. Desde ontem, os pre�os dos ve�culos modelo 2013 faturados pela Pisa Ford com a f�brica tamb�m j� estavam 1% mais altos.
Na Grande Minas, concession�ria Chevrolet, a tabela mudou ontem. “O Classic 1.0 teve aumento de 1,4% pela montadora, Cobalt 1.8 subiu 0,67% e o Agile LTZ teve alta de 0,15%, fora o IPI”, conta o gerente de vendas de ve�culos novos Gustavo Fontes. Para o consultor automotivo Luiz Carlos Augusto, o reajuste j� anunciado em algumas concession�rias � considerado normal e est� ancorado no aumento dos pre�os da mat�ria-prima, m�o de obra e at� do sal�rio m�nimo. “Cada uma aumenta os valores conforme os seus custos e o percentual anunciado agora n�o � diferente do que j� ocorria”, observa. O que significa que o carro brasileiro vai continuar entre os mais caros do mundo, com margem de lucro para as montadoras duas vezes superior � praticada nos Estados Unidos.
ESTOQUES A escalada de pre�os, por�m, n�o � suficiente para desanimar o setor, que mant�m perspectivas otimistas quanto ao desempenho das vendas em 2013. “O mercado continua muito aquecido e ainda esperamos vendas futuras ocasionadas pela espera de alguns modelos”, refor�a Ant�nio Longuinho, gerente da Pisa Ford. Ele revela ainda haver alguns ve�culos em estoque para pronta entrega com pre�o de tabela antiga. A realidade, por�m, n�o vale para todos.
Na Tecar Fiat, apesar da normaliza��o gradual na oferta do Novo Palio, modelos como o Gran Siena e Palio Weekend Adventure e Freemont continuam em falta. “O pedido na f�brica requer uma espera de cerca de 60 dias”, afirma. No caso do Gran Siena, a situa��o � ainda mais cr�tica. “Estamos pedindo entre 90 e 120 dias para entrega”, afirma Geraldo Amaral, gerente de vendas da Automax. A grande demanda fez com a que a Fiat adiasse de dezembro para fevereiro as f�rias coletivas das equipes de produ��o.
Segundo uma empresa de autope�as fornecedora da gigante do setor automobil�stico, a f�brica estaria devendo cerca de 8 mil ve�culos �s concession�rias, da� a necessidade de suspender o recesso de fim de ano. Em nota, a Fiat garantiu que n�o h� modelos em falta e que “podem ocorrer casos pontuais de demora na entrega de vers�es espec�ficas”. Assim como as concession�rias, a montadora aposta que o mercado “continuar� demandante, mesmo com o retorno gradual da incid�ncia de IPI.”
Na Grande Minas, Fontes conta que o tempo de espera, dependendo do ve�culo escolhido, pode chegar a 120 dias. Esse � o caso, por exemplo, do modelo Cruze Sport6. Outros como �nix, com motoriza��es 1.0 e 1.4, e Spin LTZ, levam de 45 a 60 dias para chegar � concession�ria. “Os carros em que antes ped�amos 30 dias de espera hoje t�m espera de 60 dias”, exemplifica o gerente. A Volks manteve as f�rias coletivas no final do ano, enquanto Ford e Volkswagen seguiram a Fiat e tamb�m suspenderam a paraliza��o t�pica de fim de ano.