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Estado de Minas

Brasil conta com ajuda estrangeira para alavancar PIB em 2013

Crescimento econ�mico mais forte de EUA, Argentina e China � aposta para aumentar exporta��es do pa�s em 2013. Saldo ser� empurr�o para a gera��o de riqueza este ano


postado em 04/01/2013 06:00 / atualizado em 04/01/2013 06:51

A retomada do crescimento econ�mico mais forte dos Estados Unidos, da China e da Argentina, os tr�s mais importantes parceiros comerciais do Brasil, pode dar uma boa ajuda ao governo Dilma Rousseff para evitar um novo pibinho em 2013. Na avalia��o do Pal�cio do Planalto, com o aumento da demanda desses pa�ses por produtos brasileiros, o setor produtivo nacional tender� a ser beneficiado com o incremento das exporta��es, j� que a demanda extra compensar� parte das compras que deveriam vir da combalida Europa. N�o � toa, o governo insiste que o Produto Interno Bruto (PIB) avan�ar� pelo menos 3% e as vendas ao exterior cravar�o um novo recorde neste ano, de US$ 268 bilh�es. Em 2012, diante da fr�gil atividade global, o PIB avan�ou menos de 1% e o com�rcio internacional do pa�s sentiu o baque, com o saldo na balan�a ficando em US$ 19,4 bilh�es — o menor em 10 anos.


Dos tr�s pa�ses que mais compram mercadorias brasileiras, somente os EUA ampliaram os pedidos no ano passado. A tend�ncia � de que, com a solu��o, ainda que tempor�ria, do impasse em torno do chamado “abismo fiscal”, a principal locomotiva do planeta retome as r�deas do crescimento e, por tabela, ajude a China, cuja desacelera��o econ�mica p�s o mundo em alerta. Depois de crescer por mais de uma d�cada acima de 10% ao ano, o PIB chin�s avan�ou em torno de 7,5% em 2012.

Para o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, o mundo enfrentou, no ano passado, uma combina��o perversa de recess�o na Europa com o desaquecimento nos EUA e na China. Esse quadro, disse, contribuiu para que o pre�o das mat�rias-primas ca�sse nos mercados, o que afetou pa�ses produtores como o Brasil e a Argentina. “Acontece que, afetando os argentinos, o Brasil sofre duas vezes”, afirmou. “Quando os nossos vizinhos t�m problemas, eles acabam importando menos. E, como eles s�o respons�veis por boa parte do consumo dos nossos produtos manufaturados, isso se torna um problema adicional”, complementou.

A grande aposta para 2013 � que a Argentina consiga colher uma safra recorde de soja, o que ajudaria aquele pa�s a acumular mais reservas com os d�lares de exporta��es. No ano passado, ap�s enfrentar problemas clim�ticos, o governo de Cristina Kirchner passou a barrar importa��es da ind�stria brasileira sob a desculpa de conter uma fuga de moeda estrangeira do pa�s. “Como eles conseguiram obter os US$ 11 bilh�es de super�vit de que necessitavam para financiar o rombo nas transa��es correntes em 2013 e com a previs�o de safra maior e pre�os, teoricamente, maiores, a Argentina pode melhorar tamb�m o saldo comercial, o que � particularmente interessante para o Brasil”, avaliou o presidente da Associa��o de Com�rcio Exterior (AEB), Jos� Augusto de Castro.

Amea�a europeia

Dos tr�s principais parceiros comerciais do pa�s, apenas para os Estados Unidos � previsto um crescimento econ�mico menor em 2013 do que o registrado em 2012. Mas a estimativa de alta de apenas 2,1% do PIB feita pelo FMI n�o levou em conta que o Congresso norte-americano e, principalmente, o presidente Barack Obama conseguiriam chegar a um acordo para postergar a redu��o de gastos sociais e a eleva��o de impostos, que jogariam aquele pa�s no temido abismo fiscal e, pior, na recess�o.

“Se houvesse uma incerteza com o abismo fiscal, isso certamente levaria a uma restri��o nos fluxos de capitais e no com�rcio global, prejudicando todo o planeta”, afirmou Padovani. Para ele, com a resolu��o, ainda que tempor�ria, desse problema, os EUA voltar�o a sustentar o crescimento mundial, o que significa dizer que o Brasil poder� exportar mais, seja para eles, seja para outros pa�ses que influenciem, como a pr�pria Uni�o Europeia.

Jos� Augusto de Castro ainda teme a Zona do Euro. “Hoje, 37% de todo o com�rcio mundial passa pela Uni�o Europeia. � ela quem compra 20% das exporta��es brasileiras, 30% das chinesas e em torno de 20% das norte-americanas. Ent�o, o meu grande medo para 2013 continua se chamando Europa”, afirmou.

 

Gin�stica cont�bil para fechar contas

O governo recorreu mais uma vez � criatividade cont�bil para fechar as contas de 2012 e cumprir a meta de super�vit prim�rio. Al�m de antecipar o recebimento de dividendos de estatais, usar receitas extraordin�rias e excluir gastos do PAC do resultado prim�rio, o Tesouro Nacional partiu para cima do Fundo Soberano. Conforme portaria publicada ontem no Di�rio Oficial da Uni�o, o �rg�o sacou R$ 8,8 bilh�es do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabiliza��o (FFIE) no �ltimo dia do ano passado. Por meio de outra portaria, o Tesouro antecipou o recebimento de R$ 2,3 bilh�es em dividendos do BNDES. Al�m disso, o Minist�rio da Fazenda j� anunciou que vai abater da meta fiscal R$ 25,6 bilh�es em investimentos do PAC.


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