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Estado de Minas

Governo minimiza estiagem e nega risco de racionamento

N�vel dos reservat�rios e a hip�tese de que a redu��o nas contas n�o seja alcan�ada levam Planalto a reiterar compromisso e presidente Dilma antecipar retorno das f�rias


postado em 09/01/2013 07:10 / atualizado em 09/01/2013 07:15

Na usina hidrelétrica de Queimado, em Unaí (MG), a estiagem transformou a paisagem e deixou à mostra faixa antes alagada(foto: FOTOS: VIOLA JÚNIOR/ESP. CB/D.A PRESS)
Na usina hidrel�trica de Queimado, em Una� (MG), a estiagem transformou a paisagem e deixou � mostra faixa antes alagada (foto: FOTOS: VIOLA J�NIOR/ESP. CB/D.A PRESS)
Frente �s incertezas quanto � capacidade do pa�s de evitar a crise de abastecimento de energia que se avizinha, o Pal�cio do Planalto reagiu e refor�ou a defesa da estrat�gia montada para atender a demanda por eletricidade no Brasil e evitar a todo custo algum tipo de racionamento no momento em que o n�vel m�dio dos reservat�rios das usinas brasileiras est� em 28%, praticamente o mesmo observado entre 2001 e 2002, quando o Brasil foi obrigado a reduzir o consumo de energia. Diante desse quadro perigoso, a presidente Dilma Rousseff, que estava de f�rias na base naval de Aratu, pr�xima a Salvador, antecipou o retorno ao trabalho para se inteirar da situa��o do setor el�trico do pa�s. Todas as aten��es se voltam hoje para o Comit� de Monitoramento do Sistema El�trico (CMSE), que se reunir� durante a tarde, por determina��o da presidente, para avaliar a situa��o das hidrel�tricas, cujos reservat�rios est�o no menor n�vel em 12 anos.

Dilma chegou � base a�rea de Bras�lia por volta das 17h e foi direto para o Pal�cio da Alvorada. L�, reuniu-se com o secret�rio executivo do Minist�rio de Minas e Energia, M�rcio Zimmermann, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema El�trico, Hermes Chipp. "O ministro (de Minas e Energia Edison) Lob�o pediu que a gente desse um relato de como est� o sistema el�trico. Estamos atualizando as informa��es � presidente", disse Zimmermann. Dilma j� havia conversado com Lob�o mais cedo.

Segundo Zimmermann, apesar de os especialistas assegurarem que o governo n�o conseguir� reduzir as contas de luz em pelo menos 20% a partir de mar�o, a presidente garantiu que vai cumprir integralmente a sua promessa. O problema � que a energia produzida por meio de termel�tricas � cinco vezes mais cara. E isso ser� contabilizado pelas empresas durante o processo de revis�o tarif�ria. Ao falar sobre o assunto, o secret�rio foi ir�nico. “J� era previsto que essas usinas operem. Ou acham que as contratar�amos apenas para ficar decorando uma regi�o?", disse, ao negar, tamb�m, a escassez de g�s ou carv�o. Zimmermann tamb�m afirmou que n�o h� "possibilidade de apag�es ou de racionamento no pa�s".

Entretanto, diretores de entidades do setor el�trico e especialistas discordam da garantia do governo de risco zero de racionamento. Eles lembraram que o estresse que come�ou em 2013 deve-se a uma combina��o de fatores, como atraso na entrega de usinas t�rmicas e hidrel�tricas e de linhas de transmiss�o para usinas e�licas, al�m da recusa da presidente em ouvir seus alertas. Destacaram ainda que, se a gera��o t�rmica tivesse entrado em campo h� seis meses, haveria �gua estocada suficiente para atravessar o ano com menos incerteza.

Carlos Faria, presidente da Associa��o Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), reclamou da perspectiva de impacto nas tarifas com a crise atual. Ele assinalou que o sistema j� gastou, desde outubro, cerca de R$ 2 bilh�es adicionais com a energia t�rmica de retaguarda. Por isso, duvida que a redu��o prometida de 20% em m�dia na conta de luz se concretize, mediante renova��o de contratos com concession�rias e desonera��o de encargos. "O corte deve ficar apenas em 10%", calculou.

ALERTA
Duas das principais hidrel�tricas que abastecem o Distrito Federal est�o operando muito abaixo da capacidade, devido � escassez de �gua, o que aumenta o risco de racionamento na regi�o. Na usina de Queimado, em Una�, com 105 megawatts (MW) de capacidade instalada, apenas uma das tr�s turbinas est� em funcionamento, gerando, em m�dia, 35 MW. Em Corumb� IV, que produz at� 129,6 MW por hora e abastece 15% da capital do pa�s, uma das duas m�quinas est� desligada e a gera��o se limita a 45MW.(Colaboraram Juliana Braga e S�lvio Ribas)

Na usina Corumbá, em Caldas Novas (GO), as réguas de medição estão aparentes
Na usina Corumb�, em Caldas Novas (GO), as r�guas de medi��o est�o aparentes
Nas m�os de "S�o Eike"

No mesmo dia em que a Receita Federal cobrou R$ 3,8 bilh�es em impostos atrasados da MMX, mineradora do multimilion�rio Eike Batista, o presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Maur�cio Tolmasquim, jogou no colo do empres�rio a salva��o para o sistema el�trico brasileiro. Segundo ele, a entrada em opera��o de termel�tricas do grupo EBX at� mar�o vai adicionar cerca de 1,4 mil MW de capacidade �s usinas localizadas no Nordeste (Pec�m I e II, Maranh�o e Itaqui). Tolmasquim disse que, incluindo a ajuda de Eike, a EPE prev� a entrada de 2,5 mil megawatts (MW) no sistema ao longo de 2013 por meio de novos projetos t�rmicos, al�m de linhas de transmiss�o e usinas j� programadas, com o de Uruguaiana, com capacidade de 640 MW.


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