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Estado de Minas

Ata do Comit� de Monitoramento do Setor El�trico mostra atraso em gera��o e transmiss�o


postado em 09/01/2013 15:08 / atualizado em 09/01/2013 15:44

Dados do Comit� de Monitoramento do Setor El�trico, que avalia o suprimento de energia no pa�s, apontam que, al�m da escassez de chuvas, que deixa a maioria dos reservat�rios das hidrel�tricas brasileiras com n�vel abaixo do normal, o pa�s enfrenta atraso em obras relacionadas ao setor, principalmente em gera��o de energia e linhas de transmiss�o.

De acordo com a ata da reuni�o do comit� ocorrida em 22 de novembro, menos da metade (45%) dos empreendimentos de gera��o de energia, entre 336 novas usinas no pa�s, est�o dentro do cronograma previsto, e o atraso m�dio considerando todas elas, � de sete meses.

O documento destaca que, no caso das linhas de transmiss�o, menos de um quarto (24%) das obras est�o no prazo previsto. Em m�dia, h� um atraso de 15 meses nas datas previstas desses empreendimentos, refletindo, principalmente, dificuldades na obten��o de licen�as ambientais.

Os dados foram apresentados pela Secretaria de Energia El�trica (SEE) do Minist�rio de Minas e Energia, em reuni�o presidida pelo pr�prio ministro Edison Lob�o, que retornava de uma licen�a para tratamento de sa�de.

Hoje, o Comit� de Monitoramento do Setor El�trico se re�ne em Bras�lia e a expectativa � que sejam discutidas as quest�es de expans�o das obras em curso no pa�s e de outras a��es de seguran�a energ�tica.

Segundo o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), os reservat�rios do Nordeste est�o operando com 30,2% da capacidade; os do Norte, com 39,88%; os do Sudeste/Centro-Oeste, com 28,32%; e os do Sul, com 43,4%.


Para o professor Rafael Shayani, do departamento de Engenharia El�trica da Universidade de Bras�lia (UnB), o fato de o atraso nas obras das linhas de transmiss�o estar relacionado a quest�es ambientais evidencia a necessidade de moderniza��o “mais intensa” da matriz energ�tica brasileira, baseada, segundo ele, na “concep��o tradicional” de gera��o principalmente por meio de hidrel�tricas, com o complemento das termel�tricas.

“A constru��o de linhas de transmiss�o precisa devastar uma parte do terreno por onde passa porque ningu�m pode chegar perto, ent�o, pensando na quest�o ambiental, est� correto limitar a entrada de qualquer usina hidrel�trica ou linha de transmiss�o que possa causar dano ambiental ao Brasil”, disse.

“Por outro lado, ningu�m quer ficar sem energia, ent�o a sa�da � investir de forma mais ousada em tecnologias que permitam o uso de fontes alternativas, como a solar fotovoltaica [por meio de placas de material sens�vel � luz solar] e a e�lica [que usa os ventos para gera��o de energia el�trica]”, acrescentou.

De acordo com o professor, a “vis�o mais moderna” de planejamento energ�tico est� relacionada � instala��o, por exemplo, de placas e pain�is de capta��o nos telhados das casas. Ele enfatizou que, embora a participa��o dessas tecnologias seja muito pequena na matriz energ�tica brasileira, o governo tem investido, mesmo que de forma ainda t�mida, na diversifica��o.

Shayani lembrou que a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) investiu, no ano passado, R$ 400 milh�es em pesquisas relacionadas � energia solar fotovoltaica e “deu um importante passo” ao regulamentar, h� cerca de um ano, a conex�o dessas estruturas de microgera��o de energia ao sistema el�trico.

“Com isso, qualquer brasileiro que queria comprar um painel [solar] ou uma microturbina e�lica, colocar no seu telhado e ligar � rede el�trica, pode. Durante o dia, enquanto n�o estiver em casa, o medidor [de energia da concession�ria] gira para tr�s e, em vez de consumir, voc� empresta energia ao sistema. Esse, por sua vez, passa a utilizar menos �gua das hidrel�tricas para gera��o”, explicou.

O professor Rafael Shayani descartou o risco de racionamento de energia el�trica no Brasil, gra�as � utiliza��o complementar das usinas termel�tricas, acionadas quando os reservat�rios das hidrel�tricas est�o baixos. Ele destacou, no entanto, que os gastos para a utiliza��o das termel�tricas poderiam ser revertidos, preventivamente, para subsidiar a utiliza��o de fontes renov�veis.

Ele acrescentou que levantamento do Centro de Gest�o e Estudos Estrat�gicos, ligado ao Minist�rio de Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, indica que o Brasil � rico em um dos sil�cios mais puros do mundo, que � a mat�ria-prima utilizada na fabrica��o dos pain�is de capta��o de energia solar fotovoltaica. “Esse fato � capaz de reduzir os custos de produ��o e tornar esse sistema vi�vel nacionalmente”, avaliou. Segundo o professor da UnB, somente 0,01% das constru��es brasileiras utilizam essa tecnologia de gera��o de energia.


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