Empresas n�o est�o nas redes sociais para serem apenas suas “amigas”. No ambiente virtual, elas est�o buscando mais visibilidade, conquistar novos clientes, fidelizar os antigos, criar oportunidades de compra a todo momento, mas principalmente extrair informa��es que as aproximem de seu p�blico. Para isso, elas utilizam o conte�do despejado todos os dias em redes como Facebook, Instagram e Twitter, como o check-in, que diz onde e com quem o usu�rio estava e ainda conta com fotos e coment�rios. Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte, 70% das empresas utilizam m�dias sociais e a maioria delas, 83%, tem o objetivo de promover a��es de marketing e divulgar seus produtos e servi�os nesse ambiente.
Com mais informa��es circulando nas redes, o indicado � que os consumidores aproveitem a presen�a da empresa na web para se posicionar sempre que necess�rio. Isso porque elas se aproveitam do ambiente virtual para construir sua marca e criar um aumento no fluxo da loja e de vendas. “� poss�vel aperfei�oar o atendimento em uma vis�o ampla, pensando em como satisfazer o cliente no ponto de venda, no site, no uso do produto e como fazer campanhas publicit�rias mais eficazes”, diz o especialista e diretor de Planejamento da B1 Comunica��o e Marketing, Bira Miranda

O relacionamento via redes sociais, que come�ou em 2010, j� vem dando retorno. “Alguns dos nossos diferenciais est�o na reten��o de 85% dos alunos e na satisfa��o de 91% dos franqueados”, explica. “No Twitter, por exemplo, nossa m�dia de men��es positivas durante o m�s � de 95%, sendo que nos �ltimos tr�s meses n�o houve nenhuma men��o negativa � marca”, refor�a. Os dados demogr�ficos extra�dos da internet, por exemplo, s�o aproveitados pela Number One no alinhamento de campanhas e a��es de marketing.
J� sugest�es e coment�rios sobre novos servi�os s�o utilizados na amostragem do que ocorre nas escolas em todo o pa�s. “No dia a dia, buscamos sempre monitorar qualquer tipo de men��o da marca Number One na internet a fim de conduzirmos com assertividade o posicionamento on-line da rede”, afirma Thelma, que revela que esse monitoramento tem alcan�ado m�dia de 90% de retornos positivos, quando consideradas todas as redes sociais.

As vantagens desse contato, que para a gerente pode ser considerado uma “rela��o entre amigos”, vem na forma que a empresa passou a tratar informa��es, na mudan�a de estrat�gias de comunica��o e de marca e na oferta de servi�os a partir de feed-backs recebidos nas redes sociais. Os reflexos, segundo Rejayne, tamb�m podem sentidos com a gera��o de neg�cios. “Muitas empresas deixam de investir porque seus gestores n�o conseguem ver “n�meros” em algo t�o intang�vel quanto as rela��es nas redes sociais”, conta.
Para ela, se um consumidor se relaciona diariamente com uma marca, a propens�o de ele aceitar produtos e servi�os dela ser� maior num momento de escolha. “O que n�o se pode esquecer � que a propens�o n�o garante uma compra, se o produto ou servi�o n�o for de qualidade”, explica Rejayne. Muitas vezes, segundo ela, o problema da empresa est� no atendimento ruim, na inefici�ncia do produto e os gestores, que muitas vezes n�o querem ver isso, alegam que as redes sociais n�o est�o favorecendo a compra e que o investimento � desnecess�rio. “As redes sociais colocam um foco de luz na sua marca, mas � papel da empresa garantir que essa marca cumprir� seu papel de forma excepcional”, acrescenta
Informa��es que v�o longe
Sem saber o alcance das informa��es que lan�am nas redes, os usu�rios devem ter em mente que toda opini�o emitida tem o poder de influenciar a compra de um produto ou a escolha de uma marca, mas tamb�m o posicionamento das empresas. Tanto � que a reclama��o de clientes ou experi�ncias frustradas com algumas marcas s�o facilmente compartilhadas e “curtidas” nas redes. “Um cliente que n�o recebe um tratamento adequado pode arranhar a imagem de uma empresa e criar resist�ncia a uma marca”, lembra o diretor da B1 Comunica��o e Marketing, Bira Miranda, que conta ainda que os servi�os de gest�o de redes sociais, campanhas de links patrocinados, desenvolvimento de sites, hot sites e outros respondem por 7% de seu faturamento.
De olho nos movimentos de seus clientes e nas experi�ncias compartilhadas nas redes, as empresas t�m investido no monitoramento, mas principalmente em a��es que visam reverter uma insatisfa��o. “Com a ajuda de softwares e de profissionais especializados � poss�vel monitorar express�es que tenham correla��o com o seu segmento de atua��o, produto/servi�o ou marca”, explica Miranda. “� poss�vel coletar opini�es, desejos e o �ndice de satisfa��o das pessoas. Em outro n�vel de trabalho, d� para orientar pesquisas abertas em que se pode buscar at� mesmo o melhor caminho para cria��o de um produto ou servi�o”, completa.
Com as redes sociais ganhando mais espa�o na vidas das pessoas, o gestor de m�dias digitais da Ag�ncia Mouse, Bruno Barbosa, alerta para a conectividade da rede. “Quando voc� cria um perfil no Facebook ou no Google voc� deixa informa��es importantes como sua idade, profiss�o, sua cidade, onde estudou e seu gostos e prefer�ncias”, lembra. Segundo ele, detalhar a vida do usu�rio � o inicio do trabalho de um bom trabalho de marketing na internet. “N�o adianta anunciar a venda de cal�ados infantis para um homem solteiro de 22 anos”, exemplifica. O principal objetivo de uma empresa que opta pela rede, segundo ele, � ser vista para n�o ser esquecida. “Um consumidor se sente bem sem saber que pode contar com uma empresa que vai escut�-lo e atender alguma reclama��o de forma rapta e din�mica”, diz.
Ele comenta ainda que a presen�a do consumidor nas redes possibilita ao empres�rio atingir o seu p�blico mais de uma vez, por meio de um “remarketing”. “� poss�vel obter v�rias informa��es de seu produto pelas opini�es de seus consumidores de forma espont�nea que eles v�o deixando na rede e at� fazer com que os produtos voltem a aparecer para aquela mesmo pessoa”, lembra Barbosa. (CM)