Com os estoques ajustados, a ind�stria de transforma��o deve ter um desempenho melhor neste ano do que em 2012, segundo o gerente executivo de Pol�tica Econ�mica da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Fl�vio Castelo Branco.
De janeiro a novembro de 2012, o N�vel de Utiliza��o da Capacidade Instalada m�dio da ind�stria caiu 1 ponto porcentual em rela��o ao mesmo per�odo de 2011, de 82,4% para 81,4%. O motivo foi o processo de ajuste de estoques muito lento ao longo do ano passado. Embora as vendas tenham tido um desempenho moderado, com alta de 2,8%, as horas trabalhadas recuaram 1,5% no per�odo.
Agora, com a perspectiva de retomada da atividade econ�mica e dos investimentos e os estoques mais ajustados, a tend�ncia � que o crescimento da demanda se reflita nos indicadores de produ��o. "A atividade tende a crescer em 2013 mais pr�xima da demanda", afirmou Castelo Branco.
Ele lembrou que as importa��es acabam absorvendo parte do crescimento do consumo das fam�lias, mas admitiu que o c�mbio est� melhor para a ind�stria. "Devemos ter em 2013 uma rela��o mais estreita entre vendas e produ��o."
Apesar de os indicadores de produ��o terem tido um desempenho moderado, a massa salarial e o rendimento m�dio real apresentaram um forte crescimento. De janeiro a novembro de 2012 a massa aumentou 5% e a renda, 5,2%. Conforme Castelo Branco, isso demonstra a press�o de custos do setor industrial. "O desempenho produtivo n�o � t�o favor�vel, mas os sal�rios crescem", afirmou.
O ano de 2013 tamb�m deve apontar uma recupera��o nos investimentos. A CNI trabalha com dois cen�rios. No primeiro, que as medidas adotadas pelo governo para estimular a economia ter�o efeito rapidamente, o Produto Interno Bruto (PIB) crescer� 4%, a ind�stria registrar� uma alta de 4,1%, a ind�stria de transforma��o, de 4%, e os investimentos, 7%. No segundo, em que os efeitos das medidas estar�o defasados, o PIB cresceria 3%, a ind�stria, 2,3%, a ind�stria de transforma��o, 2%, e os investimentos, 4%.
Novembro
De acordo com Castelo Branco, os indicadores da ind�stria no m�s de novembro foram positivos, em especial o faturamento, que aumentou 2,5% na compara��o com outubro, com ajuste, enquanto as horas trabalhadas ficaram pr�ximas da estabilidade, com alta de 0,2%. J� o N�vel de Utiliza��o da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 81,4%, mesmo resultado de novembro de 2011 e o melhor n�vel desde mar�o de 2012. "Temos um quadro de recupera��o, mas ainda com ritmo moderado a lento. Ainda n�o se caracterizou uma recupera��o de magnitude mais expressiva para a ind�stria."
O emprego registrou o terceiro m�s consecutivo de crescimento, com alta de 0,2% em rela��o a outubro, com ajuste, e o rendimento m�dio real teve um avan�o de 7%, o maior para meses de novembro desde o in�cio da s�rie, em 2006. A massa salarial teve alta de 6,8%, resultado melhor que a m�dia hist�rica para o m�s.
Em novembro, na compara��o com o mesmo m�s de 2011, dos 19 setores, 12 registraram aumento do faturamento em novembro, 6 tiveram queda e 1, estabilidade. A CNI destacou que o setor de vestu�rio teve alta de 6,2% no per�odo, e as horas trabalhadas aumentaram 10,7%, um reflexo, segundo a entidade, das medidas de desonera��o da folha de pagamento.
J� o setor de material eletr�nico e de comunica��o teve alta de 4,9% no faturamento, mas um recuo de 23,5% nas horas trabalhadas. Segundo a CNI, o setor sofre com a competi��o externa, que tamb�m j� atinge os insumos utilizados na produ��o.