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Estado de Minas

Golpistas roubam dados no pa�s a cada 14 segundos

A cada 14,8 segundos uma tentativa de fraude � registrada contra consumidores no pa�s. Golpistas roubam dados pessoais para comprar de carro a celular. Cuidado � o rem�dio


postado em 21/01/2013 00:12 / atualizado em 21/01/2013 07:23

Fernanda Bueno mostra contas fraudadas de celulares em nome dela:
Fernanda Bueno mostra contas fraudadas de celulares em nome dela: "Meu maior medo � meu nome parar no SPC por uma conta que eu n�o abri" (foto: (Beto Novaes/EM/D.A Press) )
O cuidado � o principal aliado do consumidor brasileiro, que est� cada vez mais vulner�vel �s a��es de criminosos que roubam dados para abrir conta em banco, solicitar linhas telef�nicas, emitir cart�es de cr�dito, financiar eletr�nicos e comprar autom�veis. Segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes, que registrou no ano passado 2,14 milh�es de tentativas de fraudes – n�mero recorde desde 2010, ano em que a medi��o come�ou (veja quadro). Para ter ideia da rapidez dos criminosos, a cada 14,8 segundos � registrada uma tentativa de fraude contra o consumidor no Brasil.

N�o fornecer dados pessoais para pessoas estranhas, n�o confirmar informa��es pessoais ou n�mero de documentos por telefone, ter cuidado com promo��es ou pesquisas, n�o perder de vista seus documentos de identifica��o e evitar cadastros em sites que n�o sejam de confian�a podem ajudar a evitar dor de cabe�a.

A telefonia liderou o ranking de tentativas de fraudes em 2012, com 749.213 casos, ou 35% do total. Em segundo lugar, ficou o setor de servi�os, com cerca de 35% das ocorr�ncias (746.318) e que, em anos anteriores, ocupava a primeira posi��o. Bancos e financeiras registraram percentual menor que em 2010 e 2011 e ficaram com 18% das fraudes. Em 2011, o �ndice foi de 26%, e em 2010 de 28%. A justificativa, segundo a Serasa, � que, por conta da retra��o na procura por cr�dito, o n�mero de fraudes nesse setor recuou. J� o varejo apresentou 10% do total de fraudes, seguido por outros tipos de fraudes que corresponderam a 2%.

Mesmo tomando parte desses cuidados, a funcion�ria p�blica Fernanda Bueno de Oliveira faz parte das estat�sticas. Ela nunca foi assaltada, emprestou ou perdeu seus documentos, mas teve suas informa��es roubadas por criminosos que v�m abrindo linhas telef�nicas em seu nome desde o fim do ano passado. O problema come�ou em dezembro, quando ela recebeu uma conta da operadora Vivo no valor de R$ 100,98. A conta era referente a um n�mero fixo, que Fernanda n�o conhecia. “Cheguei a ligar para o n�mero que estava na conta, perguntei por Fernanda e me disseram que n�o tinha ningu�m com esse nome. Foi ali que vi que podia estar envolvida numa fraude”, conta.

Preocupada, a funcion�ria p�blica procurou a empresa e foi informada por um atendente que tamb�m haviam aberto uma linha de celular e uma de internet na mesma �poca. As contas come�aram a chegar. “Recebi uma de R$ 100 e a outra de R$ 200. Soube por ele que todas essas tr�s opera��es foram feitas em meu nome, com identidade e CPF. Ou seja, falsos. O pr�prio atendente disse que tinham uma c�pia da identidade, inclusive com os nomes corretos dos meus pais, mas que a foto era diferente”, lembra.

Com um boletim de ocorr�ncia em m�os, ela procurou uma loja Vivo e assinou um termo informando n�o ter contratado o servi�o. Por�m, passado o primeiro susto, outro maior tirou o sono da consumidora. “Ligaram-me da Oi, de um n�mero bloqueado, perguntando se eu havia contratado outras cinco linhas. Na mesma hora disse que n�o”, relata Fernanda, que ainda aguarda o posicionamento da empresa para saber se ser� cobrada pelas contas ou n�o. “Meu maior medo � meu nome parar do SPC e Serasa por uma conta que eu n�o abri”, revela.

Procurada pelo Estado de Minas, a Vivo informou em nota que a situa��o de Fernanda foi regularizada sem nenhum �nus financeiro, inclusive com a exclus�o do nome da cliente nos �rg�os de prote��o ao cr�dito, al�m de lamentar o fato. A empresa disse ainda que, no caso de a pessoa desconhecer o pedido, a ativa��o do terminal � imediatamente cancelada. J� a Oi informou que entrou em contato com a cliente e que seu caso foi encaminhado para verifica��o.

INDENIZA��O
Embora seja indicado o cuidado com os documentos f�sicos, mas tamb�m com o fornecimento de dados pessoais nas redes sociais, o Procon Assembleia garante que em caso de transtornos ao consumidor em fun��o de fraudes todo o �nus � da empresa. Segundo o coordenador Marcelo Barbosa, no caso de danos morais e patrimoniais, o consumidor poder� pedir na Justi�a que a empresa o indenize. “O consumidor pode se proteger, mas existe muito o que fazer. Essa � uma responsabilidade das empresas”, garante. Barbosa alerta ainda para a necessidade de as empresas investirem em sistemas que garantam a seguran�a nas contrata��es. “Elas n�o t�m cautela e seguran�a no momento da contrata��o, que muitas vezes ocorre via telefone ou internet”, considera.

O que diz o c�digo
Artigo. 14. - O fornecedor de servi�os responde, independentemente da exist�ncia de culpa, pela repara��o dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos � presta��o dos servi�os, bem como por informa��es insuficientes ou inadequadas sobre sua frui��o e riscos.

N�o caia nessa

Dicas para evitar golpes

>> N�o fornecer seus dados pessoais para pessoas estranhas

>> N�o fornecer ou confirmar suas informa��es pessoais ou n�mero de documentos por telefone. Cuidado com promo��es ou pesquisas

>> N�o perder de vista seus documentos de identifica��o quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer neg�cios

>> N�o informar os n�meros dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promo��es de lojas

>> N�o fazer cadastros em sites que n�o sejam de confian�a. Cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou promo��es. Fique atento �s dicas de seguran�a da p�gina, por exemplo, como a presen�a do cadeado de seguran�a

>> Cuidado com dados
pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passar por voc�, usando informa��es pessoais, como signo, modelo de carro, time que torce, nome do cachorro etc.

>> Manter atualizado o antiv�rus do seu computador

>> Se for v�tima de roubo, perda ou extravio de documentos, a primeira medida � cadastrar a ocorr�ncia gratuitamente na base de dados da Serasa Experian (www.serasaconsumidor.com.br). Esta informa��o estar� dispon�vel na mesma hora para o mercado. Depois, o consumidor deve fazer um Boletim de Ocorr�ncia (BO).


Tipos de golpe

>> Emiss�o de cart�es de cr�dito: o golpista solicita um cart�o de cr�dito usando uma identifica��o falsa ou roubada, deixando a “conta” para a v�tima e o preju�zo para o emissor do cart�o

>> Financiamento de eletr�nicos – o fals�rio compra um bem eletr�nico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identifica��o falsa ou roubada, deixando a conta para a v�tima.

>> Abertura de conta: o golpista abre conta em um banco usando uma identifica��o falsa ou roubada. Neste caso, os produtos oferecidos (cart�es, cheques etc.) potencializam poss�vel preju�zo �s v�timas, aos bancos e ao com�rcio

>> Compra de autom�veis: o fals�rio compra o autom�vel usando uma identifica��o falsa ou roubada. Poder� ainda fazer “lavagem” de dinheiro, pagando as presta��es em esp�cie e depois vendendo o ve�culo e “esquentando” o dinheiro


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