A ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), divulgada pela manh�, trouxe um vi�s de baixa para o d�lar ante o real nesta quinta-feira, a despeito de a moeda norte-americana sustentar no exterior ganhos ante outras divisas com elevada correla��o com commodities. O movimento no Brasil foi refor�ado pela aproxima��o do fim do m�s, quando ocorre a defini��o da Ptax que servir� de refer�ncia para liquida��o de contratos futuros. Analistas lembram que os bancos seguem bastante vendidos (apostando na baixa das cota��es) no mercado futuro de d�lar, o que eleva a press�o para que divisa dos EUA seja enfraquecida.
O d�lar fechou em baixa de 0,34% no balc�o, cotado a R$ 2,0310. A moeda operou no territ�rio negativo durante toda a sess�o e, na m�nima, marcou R$ 2,0290 (-0,44%) por volta das 14h30. Foi a menor cota��o intraday desde 8 de janeiro de 2013, quando atingiu R$ 2,0210. �s 16h41, a clearing de c�mbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,046 bilh�es. O d�lar pronto da BM&F, com apenas um neg�cio, terminou com recuo de 0,25%, a R$ 2,0330. No mercado futuro, o d�lar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 2,0325, em baixa de 0,25%.
"A queda do d�lar hoje est� ligada a fatores dom�sticos. A repercuss�o da ata, que manifestou a preocupa��o do Banco Central com a infla��o, embora mencione a quest�o da converg�ncia, faz o d�lar recuar", comentou Maur�cio Nakahodo, consultor de pesquisas econ�micas do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ. "Isso ocorre porque o BC poderia tentar evitar uma deprecia��o adicional do c�mbio para n�o contaminar a infla��o."
Na ata, o Copom avaliou que o balan�o de riscos para a infla��o apresentou piora no curto prazo. Al�m disso, enfatizou que a recupera��o da economia brasileira foi menos intensa que o esperado. De acordo com a ata, a proje��o para o IPCA em 2013 subiu e segue acima do centro da meta de 4,5%, tanto no cen�rio de refer�ncia quanto no de mercado tra�ados pelo BC. Com uma infla��o pressionada, profissionais do mercado enxergam pouco espa�o para que o d�lar avance ante o real de forma consistente.
A aproxima��o do fim do m�s, quando ser� definida a Ptax, tamb�m influenciou o movimento. Dados da BM&FBovespa atualizados at� quarta-feira (23) mostram que, no mercado futuro de d�lar, os bancos est�o vendidos em 26.967 contratos em aberto (ou US$ 1,348 bilh�o). J� os estrangeiros est�o comprados (apostando na alta) em 43.136 contratos (ou US$ 2,157 bilh�es). "Muitos bancos est�o vendidos em d�lar e, por isso, t�m interesse em deixar a moeda enfraquecida. Eles est�o tentando se antecipar ao fechamento da Ptax (que ocorre no dia 31) e operam em cima disso", disse Nakahodo.
No exterior, seguem as preocupa��es com as negocia��es entre republicanos e democratas sobre o teto da d�vida norte-americana. Aprovada na v�spera na C�mara, a extens�o do prazo para o teto da d�vida at� meados de maio deve ser avaliado pelo Senado na semana que vem. Neste contexto, nem mesmo os dados da China divulgados pelo HSBC, que anunciou um �ndice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em ingl�s) preliminar de 59,9 em janeiro, o n�vel mais alto em dois anos, ante 51,5 em dezembro, foi capaz de fazer as moedas de pa�ses com elevada liga��o com commodities avan�arem. �s 17h07 (hor�rio de Bras�lia), o d�lar americano subia 0,78% ante o australiano, tinha alta de 0,37% ante o canadense e avan�ava 0,50% ante o neozeland�s.