A diretoria da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) vai propor a cassa��o do mandato do presidente da Federa��o do Com�rcio do Estado do Rio (Fecom�rcio-RJ), Orlando Diniz, na diretoria da entidade. A medida ainda dever� passar por aprova��o do Conselho de Representantes, �rg�o m�ximo da CNC, em reuni�o extraordin�ria ainda sem data marcada.
Segundo nota da Confedera��o, a decis�o da diretoria foi un�nime entre os 29 participantes de reuni�o realizada anteontem. Ao todo s�o 35 diretores, dentre os quais Diniz. A proposta surgiu um dia ap�s a Justi�a do Rio ter liberado a volta do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, ao comando do conselho nacional do Sesc e do Senac. O executivo estava afastado dos cargos por conta de uma liminar concedida em uma a��o movida por Diniz desde a semana passada.
No processo, que segue em curso, o presidente da Fecom�rcio-RJ pede a perda do mandato de Santos e a inefic�cia de todos os atos realizados por ele nos conselhos desde 2004. O argumento � que as contas de Sesc e Senac apresentadas por ele para o ano 2000 foram rejeitadas pelo TCU. J� a defesa de Santos alega que o tribunal detectou irregularidades em contas que representavam 0,49% das despesas do exerc�cio e que ele n�o desrespeitou as regras do sistema S.
Ontem (24) circulou na grande imprensa um manifesto de solidariedade a Santos, assinado por diretores da CNC e pelos presidentes de 23 federa��es regionais filiadas � entidade. O texto recha�a a a��o judicial movida por Diniz e as "graves ofensas" ao dirigente, que est� � frente da CNC h� 30 anos.
"A tentiva de cassar o mandato (de Diniz) � uma clara retalia��o � a��o judicial proposta contra Santos. � uma medida ditatorial e se necess�rio vamos � Justi�a", rebate o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Diniz.
Este � mais um cap�tulo da briga pol�tica e judicial travada entre Santos e Diniz. Em janeiro de 2012, o Conselho Nacional do Sesc, presidido por Santos, decretou a interven��o por 120 dias na c�pula do Sesc-RJ. Diniz foi afastado do comando por suspeita de irregularidades, mas conseguiu aval da Justi�a para retornar em julho.