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Estado de Minas

Gasolina aumenta 6,6% a partir de hoje

Governo autoriza reajuste nas refinarias e repasse para o pre�o do combust�vel ser� imediato. Previs�o � de impacto menor no posto. Diesel sobe 5,4%


postado em 30/01/2013 07:13 / atualizado em 30/01/2013 07:24

Na bomba, adição de álcool à gasolina deve aliviar efeito da alta liberada para a Petrobras(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Na bomba, adi��o de �lcool � gasolina deve aliviar efeito da alta liberada para a Petrobras (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

A Petrobras pressionou e o governo federal liberou o reajuste dos combust�veis a partir de hoje. O pre�o da gasolina que sai das refinarias sobe 6,6% e o do �leo diesel, 5,4%. O aumento nas bombas dos postos dever� ser menor, afirmou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz. � que a gasolina vendida no varejo � uma mistura que leva 20% de etanol. J� o �leo tem 5% de biodiesel. O repasse imediato para os valores cobrados dos consumidores tamb�m depender� do estoque de cada posto.

Economistas estimam que o impacto pode chegar a 4% nos pre�os nas bombas e a algo em torno de 0,3 ponto percentual na taxa de infla��o anual. Os �ndices anunciados j� eram aguardados pelo mercado, que estimava alta de 7%. O governo espera amenizar o peso dos aumentos dos combust�veis nos �ndices de custo de vida com a redu��o nas contas de luz das resid�ncias, da ind�stria e do com�rcio, e com a deprecia��o do d�lar, que barateia as importa��es, inibindo aumentos de produtos nacionais.

Em Belo Horizonte, se quiser pagar mais barato pelo litro da gasolina e do diesel, o consumidor vai ter de correr logo no in�cio da manh� para os postos. � tarde os postos devem come�ar a reajustar os pre�os, avalia Paulo Miranda Soares, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combust�vel do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). “O setor trabalha tradicionalmente com margens muito apertadas. Quando acontece um reajuste como esse, nenhum elo da cadeia tem condi��es de absorver”, afirma Soares.

Ele explica que os postos de combust�vel costumam trabalhar com estoque de dois dias. “O estoque � o capital de giro. Se eu vender pelo pre�o antigo, vou ter que comprar pelo valor maior”, diz. O reajuste, na sua avalia��o, vai ocorrer nas bombas na mesma propor��o autorizada pelo governo: em 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel. De qualquer forma, ele explica que os pre�os praticados pelo mercado s�o livres. “Temos 4,8 mil postos no estado. O reajuste vai depender de cada um”, diz.

“O valor cobrado pela refinaria � apenas um dos componentes dos pre�os. A gasolina, por exemplo, tem 20% de etanol na sua composi��o, que n�o teve aumento. H� ainda a margem do posto e da distribuidora”, lembra Alisio Vaz. No caso do diesel, lembra, h� o valor do biodiesel, que � misturado na propor��o de 5%. “H� algumas parcelas que n�o sofrem reajustes. O impacto ao consumidor deve ser menor do que o da Petrobras”, enfatiza Vaz.

Em Belo Horizonte, o pre�o m�dio do litro da gasolina na semana do dia 20 a 26 de janeiro foi de R$ 2,716 nos 95 postos pesquisados pela Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP). O pre�o m�dio do diesel foi de R$ 2,197 nos 54 postos levantados. Em todo o estado, o pre�o m�dio encontrado no per�odo para a gasolina foi de R$ 2,818 em 981 postos pesquisados. E o valor do diesel foi de R$ 2,170 em 822 postos pesquisados.

Anunciado
Desde junho do ano passado, a Petrobras reivindica reajuste de pelo menos 15% dos produtos para manter seu plano de investimento, que vem sendo prejudicado pela queda na gera��o de caixa da empresa. Por�m, com a economia mostrando naquele momento dificuldade de pegar no tranco, enquanto a infla��o se apresentava bem animada, o governo permitiu, naquele m�s, eleva��o de apenas 7,83% dos valores cobrados pelas refinarias na gasolina e de 3,94% no diesel. Esse �ltimo foi aumentado ainda em julho do ano passado em mais 6%.

A estatal vem acumulando preju�zo mensal em torno de R$ 1 bilh�o por conta da diferen�a entre os pre�os que paga pela importa��o da gasolina e do diesel e aqueles pelos quais vende os produtos no mercado interno. Em nota, a Petrobras informou que o reajuste “foi definido levando em considera��o a pol�tica de pre�os da companhia, que busca alinhar o pre�o dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de m�dio e longo prazo”.

Menos press�o

Apesar das press�es, o governo s� liberou os reajustes ap�s confirmar a redu��o das contas de energia el�trica a partir de fevereiro, para amenizar o impacto na infla��o, que mant�m o ritmo de alta neste in�cio de ano, e atuar fortemente sobre o c�mbio, para depreciar o d�lar. Anteontem, a mesa de opera��es do Banco Central despejou US$ 1,8 bilh�o no mercado para baixar a cota��o da moeda, que ontem caiu para R$ 1,986. O Pal�cio do Planalto esperou o retorno das f�rias do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ocorreu anteontem, para que ele desse a autoriza��o � estatal para anunciar a alta dos combust�veis.


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