O coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), informou nesta sexta-feira que a previs�o do indicador para o fechamento deste m�s � de um �ndice de 0,20%. Se confirmada esta taxa, ser� muito inferior ao IPC de janeiro, que ficou em 1,01%, abaixo da estimativa do coordenador para o encerramento do m�s passado, que era de 1,15%. "A proje��o n�o contava com a antecipa��o do an�ncio da redu��o da tarifa de energia el�trica. N�o fosse isso teria se confirmado a previs�o de 1,15%, pois o al�vio da queda de energia teve justamente um impacto negativo de 0,15 ponto porcentual", afirmou o coordenador.
Segundo Picchetti, a redu��o da tarifa de energia ser� determinante para aliviar a infla��o este m�s. Nos seus c�lculos o item energia ter� redu��o, em m�dia, de 16,17%, o que representa um impacto negativo de 0,57 ponto porcentual no IPC-S.
J� o reajuste nos pre�os da gasolina ainda n�o foi sentido pelo �ndice de janeiro. Nas contas do coordenador, o aumento nos pre�os do combust�vel para o consumidor deve ficar entre 4,50% e 6,60%, o que, no IPC-S, representa um efeito entre 0,13 e 0,19 ponto porcentual. "A princ�pio, o al�vio da energia pesar� muito mais no IPC-S do que a alta da gasolina", avaliou.
O coordenador do IPC-S pondera, contudo, que esses c�lculos consideram somente os efeitos diretos das medidas. "Ao longo do tempo, tanto um quanto outro devem variar, pois o impacto secund�rio � dif�cil de se estimar", observou, acrescentando que por exemplo, a redu��o da tarifa de energia para a ind�stria pode abrir espa�o para mais al�vio nos pre�os.
"E h� outras vari�veis, como o c�mbio e o fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) menor para alguns produtos", disse.