A secret�ria de Com�rcio Exterior do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, admitiu que o saldo negativo de US$ 4,035 bilh�es da balan�a comercial em janeiro "� um d�ficit expressivo". Ela afirmou que pode haver novos resultados deficit�rios em fevereiro e mar�o em fun��o de importa��es feitas no ano passado que ainda n�o foram processadas. Para os meses seguintes, no entanto, o governo espera super�vit e mant�m a expectativa de exporta��es elevadas e saldo positivo em 2013. O MDIC divulgou hoje (1°) o resultado da balan�a no primeiro m�s do ano, que � o pior desde o in�cio da s�rie hist�rica em 1993.
Apesar de reconhecer a expressividade do d�ficit de janeiro, Tatiana Prazeres afirmou que a balan�a est� em um momento mais favor�vel do que em anos anteriores. Ela apresentou n�meros do minist�rio mostrando que o saldo negativo de janeiro representou 25,3% das exporta��es brasileiras. Em dezembro de 1996, quando a balan�a ficou deficit�ria em US$ 1,7 bilh�o e teve o segundo pior resultado mensal da s�rie hist�rica, esse volume representava 47,2% das vendas externas. "O com�rcio exterior do Brasil cresceu muito nos �ltimos tempos. Nossas exporta��es continuam elevadas", disse a secret�ria.
As exporta��es brasileiras ficaram em US$ 15,968 bilh�es em janeiro e as importa��es em US$ 20,003 bilh�es. O volume importado foi o maior para o m�s desde o in�cio da s�rie hist�rica. As exporta��es foram impactadas, entre outros fatores, pela queda na venda de petr�leo para o exterior. Houve retra��o no com�rcio com parceiros que consomem o produto vindo do Brasil, como Estados Unidos e China. De acordo com Tatiana Prazeres, a redu��o deve-se ao maior consumo interno. "H� uma demanda pelo processamento do petr�leo no pa�s e isso tem reduzido as vendas", disse.
A secret�ria de Com�rcio Exterior explicou que um dos motivos do volume expressivo das importa��es, que cresceram 14,6% ante janeiro do ano passado, est� relacionado � publica��o da Instru��o Normativa 1.282 da Receita Federal. Editada em julho do ano passado, ela tornou mais demorado o processo de importa��es de cargas a granel e isso se refletiu nas compras brasileiras de combust�veis. Por isso, h� um estoque do produto cuja aquisi��o n�o foi compensada e que ainda deve impactar no resultado da balan�a. "H� ainda um volume consider�vel que refletir� nos meses de fevereiro e mar�o. S�o US$ 2,9 bilh�es, segundo a Petrobras." Ela destacou, no entanto, que mesmo sem o estoque reprimido de combust�vel as importa��es teriam sido recorde no m�s de janeiro. Segundo proje��o do MDIC, teria havido crescimento de 5,5% na m�dia di�ria de compras em lugar dos 14,6% registrados.
De acordo com a secret�ria, o MDIC continuar� a n�o estabelecer uma meta de exporta��es para 2013. "Esperamos manter o patamar elevado [de exporta��es] dos �ltimos dois anos, mas n�o atribu�remos um n�mero", declarou.