O governo quer colocar os bancos oficiais para competir entre si num novo fil�o: o financiamento ao bilion�rio programa de concess�es em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Tradicional fonte de empr�stimos para o setor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) tem sido pressionado nos bastidores por causa da lentid�o com que examina os pedidos de recursos pelas empresas. A ordem � p�r a Caixa Econ�mica Federal e o Banco do Brasil no jogo, na expectativa de que a concorr�ncia force maior agilidade.
Potenciais interessados nas concess�es em rodovias j� fizeram chegar ao governo que, sem libera��o r�pida dos empr�stimos, n�o ser� poss�vel manter as tarifas nos n�veis propostos pelo Executivo. Est� tudo amarrado: quanto antes eles come�arem a cobrar ped�gio, menor poder� ser o pre�o pago pelo usu�rio.
Mas a cobran�a s� poder� come�ar depois que o concession�rio fizer pelo menos 10% dos investimentos previstos no edital. Essas obras, por sua vez, dependem da libera��o dos financiamentos e da obten��o das licen�as ambientais.
T�cnicos comentam que, em alguns casos, a libera��o de um empr�stimo para infraestrutura pode demorar de dois a tr�s anos. O tempo � consumido na an�lise da condi��o financeira do empreendedor, em como o neg�cio ter� impacto em seu caixa e assim por diante. Ningu�m nega a import�ncia desses cuidados, mas a avalia��o na Esplanada dos Minist�rios � que esse tempo pode ser radicalmente encurtado.
Diante da press�o, o BNDES elaborou um plano de financiamento expresso para os investimentos do programa de concess�es. “Os recursos poder�o ser liberados em quest�o de semanas ap�s a assinatura dos contratos”, garantiu o chefe do Departamento de Log�stica do banco, Cleverson Aroeira.
A an�lise dos pedidos de empr�stimo de longo prazo continuar� detalhada e por isso consumir� em torno de seis meses, explicou. Mas o empreendedor poder� tomar um empr�stimo-ponte, de libera��o mais r�pida, para iniciar os investimentos. Essa possibilidade existe hoje. A novidade � que o empr�stimo-ponte ter� o mesmo custo da linha de financiamento principal. Normalmente, � mais caro.