(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas A SUCATA NO MEIO DA DISPUTA DO A�O

Governo pode sobretaxar exporta��es do a�o a pedido das sider�rgicas

Fornecedor quer manter vendas


postado em 05/02/2013 06:00 / atualizado em 05/02/2013 07:34

A C�mara de Com�rcio Exterior (Camex) deve tomar hoje uma decis�o sobre uma disputa bilion�ria envolvendo dois grupos econ�micos com interesses antag�nicos, que tem agitado os bastidores da pol�tica comercial, em Bras�lia. A batalha envolve tr�s gigantes do setor sider�rgico, Gerdau, Arcelor Mittal e Votorantim, representadas pelo Instituto A�o Brasil, e as revendedoras brasileiras de sucata ferrosa, reunidas no Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e A�o (Inesfa).

O embate gira em torno do pedido feito pelas sider�rgicas ao Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (Mdic), em agosto do ano passado, que o governo crie dificuldades � exporta��o de sucata ferrosa. Pela proposta, o Brasil passaria a retaliar, na mesma moeda, os pa�ses que taxam ou impedem a exporta��o da mat�ria-prima, como Argentina, Ucr�nia e Emirados �rabes. Ou seja: as vendas para os mercados que cobram uma sobretaxa de 20% nas exporta��es de sucata sofreriam a mesma al�quota; e as opera��es para aqueles que pro�bem as exporta��es seriam simplesmente vedadas.

Os revendedores observam que um efeito pr�tico da retalia��o seria a dr�stica redu��o das exporta��es da mat�ria-prima, uma vez que 72% das vendas t�m como destino pa�ses que praticam algum tipo de restri��o ao com�rcio de sucata de a�o. “Essa proposta tem o �nico objetivo de aumentar ainda mais as gordas margens de lucro das sider�rgicas brasileiras”, acusou o presidente do Inesfa, Marcos Sampaio.

O Instituto do A�o rebateu a cr�tica. “No Brasil, toda a sucata processada � comprada pelas empresas produtoras de a�o. Como nem sempre a oferta � suficiente, eventualmente somos obrigados a importar”, disse a entidade, em nota. “(Procuramos o governo) para pleitear n�o o bloqueio das exporta��es de sucata, mas sim a reciprocidade de taxas de exporta��o promovidas por alguns pa�ses.”

Pelo lado da siderurgia, quem faz o lobby, oficialmente, perante o governo � o presidente-executivo do Instituto do A�o, Marco Polo de Mello Lopes, que goza de livre tr�nsito com o Minist�rio do Desenvolvimento e o ministro da pasta, Fernando Pimentel. A segunda voz a argumentar pela ind�stria do a�o � a do empres�rio ga�cho Jorge Gerdau, o homem forte de Dilma Rousseff no setor privado, tido como principal conselheiro da presidente para assuntos de competitividade e gest�o do governo.

Argumento O principal argumento das sider�rgicas � de que, em um momento em que a equipe econ�mica busca solu��es para reduzir uma infla��o persistente, taxar as exporta��es de sucata reduziria os pre�os do insumo no mercado interno e os custos de fabrica��o do a�o, principal componente usado pela ind�stria nacional.

Ainda n�o h� como prever o vencedor da contenda, mas, a princ�pio, o lobby das sider�rgicas tem levado vantagem. Na quarta-feira, antes de se reunir com representantes do Instituto do A�o, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou ser “muito dif�cil” atender o pleito das sider�rgicas. O ministro considerou que a discuss�o n�o estava suficientemente madura para ser levada � Camex. No entanto, deve ter mudado de ideia depois da reuni�o, pois o assunto acabou entrando na pauta do �rg�o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)