
Por regi�o, o menor pre�o m�dio da gasolina foi encontrado nos postos da cidade de Contagem (R$ 2,807) e o maior valor m�dio nos da Regi�o Sul de Belo Horizonte (R$ 3,014). A varia��o de pre�o mais expressiva aconteceu na Regi�o do Barreiro, onde o pre�o m�dio passou de R$ 2,70 para R$ 2,848 entre 17 de janeiro e 1º de fevereiro, reajuste de 5,09%. “O consumidor precisa ter cuidado porque estamos pr�ximos do maior feriado do pa�s, o carnaval. Muita gente pode reajustar o m�ximo que pode para aproveitar o momento e ver at� quanto o consumidor vai pagar. Se todo mundo abastecer abaixo do pre�o m�dio, quem tiver com valor acima vai ter que diminuir”, alerta Feliciano Lopes de Abreu, coordenador do Mercado Mineiro.
Insatisfeito com o aumento no pre�o dos combust�veis est� o aut�nomo Warlem Braga, que trabalha com a venda de autope�as e precisa do carro para se deslocar. Ele chega a percorrer cerca de 80 quil�metros e gasta R$ 140 por semana para abastecer o carro. A partir do reajuste, ele confessa que a tend�ncia � que essa despesa pese ainda mais em seu bolso. “O aumento � uma vergonha e tenho notado que o pre�o sobe quase que de quatro em quatro meses”, diz. “Se toda vez os combust�veis subirem 4%, nessa mesma frequ�ncia, n�o sei como fica o consumidor”, acrescenta Braga, que critica as condi��es do setor petrol�fero no pa�s. “O Brasil � um grande produtor, mas parece n�o se preocupar muito com a demanda interna”, afirma.
Para driblar os custos e economizar, Braga conta que a op��o tem sido pelos pre�os menores ao fazer o trajeto do trabalho. “Quando passo por algum lugar onde a gasolina est� mais barata, eu paro e coloco uma quantidade maior, mas nem sempre � poss�vel”, afirma. Ontem, ele abasteceu ao pre�o de R$ 2,88 o litro, em um posto na Avenida Olinto Meireles, na Regi�o do Barreiro. “Hoje coloquei R$ 40, mas costumo colocar de R$ 20 em R$ 20 para que o or�amento n�o sinta tanto”, confessa.
Propriet�rio de uma oficina mec�nica e de uma f�brica de biscoitos, Jos� Carlos Guimar�es tamb�m se queixa do aumento. “Antes eu colocava 70% de �lcool e os outros 30% de gasolina. Mas com o pre�o da gasolina aumentando n�o sei como vai ficar essa conta”, confessa. O empres�rio reclama n�o apenas do reajuste de gasolina, mas tamb�m do etanol. “O aumento deveria valer apenas para os derivados de petr�leo e o �lcool acabou subindo um pouco. Se no caso da gasolina o pre�o subisse apenas os 4% seria interessante, mas sabemos que muitos postos aproveitam o momento para subir mais que isso”, comenta.
Lei do mercado
Jos� Guilherme Cardoso Costa, s�cio-propriet�rio do Posto BH, no Santa Efigi�nia, onde a gasolina avan�ou de R$ 2,59 para R$ 2,69 nesta semana, explica que o pre�o � regulado pelo pr�prio mercado. “O pre�o � livre, cada um coloca regula o seu pre�o como quer”, diz. Mas ele comenta que uma das justificativas para o aumento superior aos 4% em algumas regi�es � a forma como cada posto trabalha. “Eu, por exemplo, subi apenas os 4% j� esperados porque s� vendo � vista, em dinheiro, mas quem vende a prazo, no cart�o ou no cheque costuma ter um pre�o maior”, diz.
Ainda de acordo com Costa, embora n�o seja bem aceito pelos clientes e pelo pr�prio mercado, o reajuste pode ser considerado normal. “O �ndice de 4% est� dentro da faixa. H� uma leve queda nas vendas, mas isso vai voltando aos poucos”, afirma. “Como h� muito tempo a gasolina n�o tinha um reajuste maior, as pessoas levam um tempo para se acostumar com o pre�o e voltar a abastecer como antes do aumento”, finaliza.
No carnaval � bom usar calculadora
Quem vai viajar de carro no carnaval, � bom se informar do pre�o da gasolina antes de encher o tanque de combust�vel. A economia de quem vai para o circuito da folia pode chegar a 10,9% se a pessoa preferir abastecer em Belo Horizonte, no lugar de cidades hist�ricas como Diamantina. Na capital o pre�o m�dio do litro da gasolina na semana passada, segundo o levantamento da Ag�ncia Nacional de Petr�leo, Gas Natural e Biocumbust�veis (ANP), estava em R$ 2,760, contra R$ 3,061 em Diamantina. A pesquisa analisou os pre�os no per�odo de 26 de janeiro a 2 de fevereiro.
Isso significa que se a pessoa for viajar entre as duas cidades, em um trecho com 284 quil�metros de dist�ncia em um ve�culo que gasta um litro para percorrer 10 quil�metros, vai pagar R$ 78,38 se abastecer o tanque em Belo Horizonte e R$ 86,93 se fizer o mesmo em Diamantina.
“Essa diferen�a � maior em fun��o do frete que � pago para transportar o combust�vel. S� para ter ideia, o caminh�o que vai de Betim a Montes Claros, por exemplo, cobra mais R$ 0,10 no litro da gasolina”, afirma Soares, presidente do Minaspetro e da Fecombust�veis. O sindicato espera que o abastecimento na v�spera do carnaval aumente de 50% a 70%, mas que n�o faltar� produto. “O consumidor n�o vai ficar sem o produto. Tivemos reuni�o com a Petrobras e o assunto j� foi tratado. H� controle total do abastecimento”, diz.
Se for levar em conta o pre�o m�dio cobrado na capital pelo litro da gasolina e o valor cobrado em outras regi�es do circuito da folia, como Diamantina, Ouro Preto, Nova Lima, S�o Jo�o del-Rei, Sabar� e Rio de Janeiro, o combust�vel � mais barato na capital. Mas � preciso ressaltar que � poss�vel encontrar gasolina mais barata nas cidades carnavalescas. Em S�o Jo�o del-Rei, por exemplo, foram pesquisados onze postos de combust�vel e o valor mais alto encontrado pelo litro da gasolina foi de R$ 2,949. O mais baixo foi de R$ 2,79. J� em Belo Horizonte, onde foram pesquisados 95 postos pela ANP, o valor mais baixo encontrado foi de R$ 2,579 e o mais alto de R$ 2,999. O consumidor deve ficar atento �s formas de pagamento. Alguns postos s� aceitam dinheiro ou cart�o de cr�dito. (GC)
