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Estado de Minas

Petrobras pede mais reajuste, mas Mantega nega

Presidente da estatal admite que situa��o da companhia � dif�cil e, por isso, vai cobrar nova alta de combust�veis


postado em 06/02/2013 06:00 / atualizado em 06/02/2013 08:01

Bras�lia – A presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, avisou ontem que vai cobrar do governo novos reajustes dos pre�os dos combust�veis para que a companhia volte a mostrar "sa�de no fluxo de caixa". Durante a apresenta��o dos resultados da estatal, que teve em 2012 o menor lucro (R$ 21,1 bilh�es) em oito anos, ela ressaltou, diversas vezes, que os aumentos concedidos desde o ano passado – 16,1% para o diesel e 14,9% para a gasolina – ainda n�o foram suficientes para zerar a diferen�a entre os valores cobrados dos consumidores no Brasil e os pagos na importa��o de derivados, um dos principais motivos da queda de 36% no resultado da empresa em rela��o a 2011.

A cobran�a, feita pela manh�, no Rio de Janeiro, foi respondida, no in�cio da noite, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "� invi�vel pensar em outro reajuste agora, uma vez que acabamos de conceder um aumento � Petrobras", disse ele. Segundo o ministro, nos �ltimos cinco anos, os pre�os dos combust�veis subiram em torno de 80%, contra um infla��o de 60%. "Portanto, houve aumento real para a Petrobras, que n�o foi repassado aos consumidores porque o governo reduziu a Cide (tributo sobre a gasolina)."

Gra�a Foster destacou que a recomposi��o dos pre�os � importante para que a estatal mantenha os planos de investimento e consiga, pelo menos, manter a produ��o, que caiu no ano passado. "Uma petroleira que investe pesado na �rea de refino tem de buscar continuamente a paridade com as cota��es internacionais", resumiu a executiva. Ela informou que vai intensificar a "discuss�o permanente" com o acionista controlador (a Uni�o) dentro do Conselho de Administra��o, mostrando que a maior companhia do pa�s vive uma realidade preocupante.

Com endividamento crescente e sem perspectiva de aumentar a produ��o de petr�leo a curto prazo, a Petrobras tamb�m sofreu, no ano passado, com a eleva��o do d�lar. Em 2012, somente as compras de gasolina no exterior cresceram 102%. Com isso, o d�ficit da balan�a comercial da companhia saltou 96% chegando a 231 mil barris di�rios.

CEN�RIO NEBULOSO O mercado reagiu mal aos n�meros da companhia. N�o bastassem os fracos resultados operacionais, a decis�o da diretoria de fazer uma distribui��o diferenciada de dividendos – pagando R$ 0,97 para as a��es preferenciais, mas apenas R$ 0,47 para as ordin�rias – derrubou os pap�is da empresa na Bolsa de Valores de S�o Paulo (BMF&Bovespa). As a��es ordin�rias ca�ram8,29%, a maior queda desde junho de 2012. A cota��o de R$ 16,60 no fechamento foi a menor desde dezembro de 2005.

Diante da cobran�a dos acionistas por maior produ��o e melhores lucros, Gra�a Foster explicou que o ano passado foi de grandes dificuldades para a empresa. E alertou: "O ano de 2013 vai ser muito mais dif�cil ainda", acrescentando que "sobretudo no primeiro trimestre". O motivo, disse ela, ser�o os efeitos danosos do c�mbio que continuar�o se fazendo sentir sobre os custos operacionais e as d�vidas. Al�m disso, ser� necess�rio um grande esfor�o para sustentar os investimentos j� iniciados, considerados fundamentais para levar a estatal "a um novo patamar a partir do segundo semestre". Desempenho operacional melhor, por�m, ressaltou, s� vir� a parir de 2014, reconheceu. (Colaborou Deco Bancillon)

Usina Vale do Tijuco, em Uberaba, vai ser expandida com a ampliação da unidade de etanol e implantação de produção de açúcar(foto: WELLINGTON PEDRO/IMPRENSA MG - 4/5/10)
Usina Vale do Tijuco, em Uberaba, vai ser expandida com a amplia��o da unidade de etanol e implanta��o de produ��o de a��car (foto: WELLINGTON PEDRO/IMPRENSA MG - 4/5/10)
Etanol avan�a em MG

Sem an�ncio de investimentos de grande porte no estado desde 2010, o setor do a��car e do �lcool vai contar com expans�o e instala��o de novas usinas no Tri�ngulo Mineiro. A Companhia Mineira de A��car e �lcool (CMAA) assinou ontem protocolo de inten��o com o governo do estado em que anunciou investimentos na ordem de R$2,4bilh�es para instala��o e amplia��o de tr�s empreendimentos em Uberaba e Uberl�ndia. A capacidade de moagem das usinas chegar� a triplicar, com gera��o tamb�m de energia. A expectativa � de abrir na regi�o 18 mil vagas de trabalho, entre postos diretos e indiretos, com lavouras 100% mecanizadas e faturamento que dever� atingir R$ 917 milh�es at� 2016.

Na semana passada, o governo federal anunciou o reajuste de pre�os da gasolina e tamb�m a eleva��o do percentual da mistura do �lcool anidro ao combust�vel f�ssil, o que deve dar f�lego extra � produ��o do biocombust�vel.

Abalado pela crise de 2008 e pela pol�tica de congelamento do pre�o da gasolina, o n�mero de usinas em Minas, que chegou a 44, hoje soma 40 unidades. Sem competitividade nas bombas, o �ltimo investimento de grande porte anunciado no estado para a fabrica��o do etanol foi em 2010, com as usinas Bioenerg�tica Vale do Paracatu (Noroeste), Bioenerg�tica Aroeira e Vale do Tijuco (ambas noTri�ngulo). Juntos, os investimentos somaram perto de R$ 1,5 bilh�o, de acordo com c�lculo do Sindicato da Ind�stria do A��car e do �lcool de Minas Gerais (Siamig). Segundo a CMAA, do total investido, cerca de 25%v�m de recursos pr�prios, o restante de linhas de financiamento.

DESAFIO

O an�ncio dos novos investimentos coincide com a previs�o de safra recorde, em que a estimativa � de fabrica��o de aproximadamente 29 bilh�es de litros de �lcool no pa�s frente aos 23 bilh�es de litros na safra de 2012. “O mercado do a��car, que � uma commodity, est� em crescimento. O etanol � ogrande desafio. Cabe ao governo definir qual ser� a relev�ncia do combust�vel na matriz energ�tica do pa�s”, explica o presidente da CMAA, Carlos Eduardo Turchetto Santos. Segundo ele, a Usina Vale do Tijuco, em opera��o desde 2010 em Uberaba, vai ser expandida com a amplia��o da unidade de etanol e degera��o de energia el�trica e implanta��o de produ��o de a��car.“O investimento ser� de R$ 335 milh�es nessa unidade”, aponta o executivo.

A previs�o � que o faturamento cres�a de R$ 239 milh�es em 2012 para R$ 464 milh�es a partir de 2016. A implanta��o da usina Uberl�ndia j� foi iniciada e ser� investido R$ 1,3bilh�o em sua amplia��o. Tamb�m em Uberl�ndia, a Floresta dos Lobos finaliza fase de licenciamento com investimentos na ordem de R$ 715 milh�es. Julio Maria Borges, diretor da Job Consultoria e Planejamento, especializada no setor, diz que no pa�s os investimentos anunciados no �ltimo ano foram na expans�o da �rea plantada, sem constru��o de novas unidades. “O futuro do etanol est� atrelado ao comportamento do pre�o do petr�leo e tamb�m a medidas do governo.”


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