
Os blocos de Ccarnaval prometem agitar as ruas de Belo Horizonte nos pr�ximos dias. A programa��o mais intensa da folia, que cresce a cada ano na capital, abre espa�o para movimento maior nos bares, que aproveitam a festa para lucrar com bebidas e petiscos. No Bairro Santa Tereza, onde se concentra grande parte dos blocos, os amigos �talo de Carvalho Pieroni e Felipe Goes j� enfeitaram a garagem da casa de Pieroni � espera dos foli�es. Vestidos a car�ter para a festa, com colares e perucas, eles v�o vender espaguete na chapa, espetinho, comida de boteco, massas e cerveja dentro da pr�pria casa. Al�m de desfrutar da folia, os amigos v�o aproveitar para lucrar. Nos bares, alguns chegam a triplicar o movimento e a lota��o obriga os donos at� a fechar as portas.
“Muita gente n�o vai viajar na minha rua, pois o carnaval ficou muito pr�ximo das f�rias”, diz Pieroni. Ele afirma que o ambiente familiar do bairro ajuda a atrair foli�es. “Nos �ltimos tr�s anos virou febre essa hist�ria de blocos. No ano passado, tinha gente at� de outros estados aqui em Santa Tereza”, afirma.
O empres�rio Ol�vio Cardoso Filho, dono do Bar Estabelecimento, na Serra, promove o carnaval h� oito anos. “Acreditei nessa proposta h� muito tempo, mas s� nos �ltimos tr�s anos a cidade ficou mais cheia. O movimento cresceu em torno de 70% nos dias de carnaval. Teve dias em que tive at� que fechar as portas no �ltimo ano”, afirma Ol�vio Filho. No per�odo da folia, o Estabelecimento vai ter bailinho de m�scaras e DJ tocando marchinhas e sucessos antigos de carnaval. O bar tem capacidade para 150 pessoas. Ol�vio Filho afirma que, depois do festival Comida di Buteco, o carnaval � a �poca de maior movimento no local.
O Canto do Arist�teles (Bar da Rosa), em Santa Tereza, vai dobrar o n�mero de funcion�rios nos quatro dias de folia. O hor�rio tamb�m vai ser estendido, com as portas abrindo �s 13h, bem antes das 18h habituais. “No ano passado, o movimento foi muito bom. Eu abri s� � noite e me arrependi”, diz Rosa Teresinha da Luz Lampert, propriet�ria do Canto do Arist�teles.
Na vizinhan�a da Pra�a Ernesto Tassini, em Santa Tereza, o Bar do Orlando e a Parada do Cardoso tamb�m se preparam para receber os foli�es. “As vendas triplicam e chegam at� a quadriplicar nessa �poca”, diz Orlando Silva de Siqueira, dono do Bar & Butiquim do Orlando, um espa�o de apenas 14 metros quadrados na esquina das ruas Alvin�polis e Conselheiro Rocha. Ele tem o bar h� 32 anos. “H� uns quatro anos come�ou a ficar melhor”, diz. Ontem, na reuni�o do Bloco Morer�, Siqueira j� sentiu o aquecimento das vendas. O bar abriu as portas �s 14h. “O movimento hoje foi maior do que de um s�bado comum”, disse, no fim da tarde.
O ensaio do bloco Cuequinha do Papai, na ter�a-feira, em frente ao Brasil 41, no Santa Efig�nia, sinalizou o que ser� a folia. “O movimento triplica no per�odo do carnaval. Vendemos tudo o que temos: �gua, garrafa e lata de cerveja. J� aumentei meu estoque”, diz Jacira de Senna e Souza Ribeiro, uma das donas do bar.
S� n�o vai quem j� morreu
Depois de 20 anos, o administrador de empresas Marcelo Scheid decidiu passar o carnaval em Belo Horizonte. “Eu sempre viajava, mas as pessoas come�aram a falar que aqui estava ficando bom”, afirma. A festa ainda nem come�ou e Scheid j� acompanhou, ontem, o quinto bloco, o Morer�. “Se continuar assim, vai valer a pena. O custo-benef�cio � bom”, afirma.
A advogada Mariana Sim�es tamb�m decidiu pular o carnaval na capital. Fantasiada de Minie, ela acompanhou ontem o Murer�. “Eu vou curtir os bloquinhos. Meus amigos que ficaram aqui nos outros anos falaram que est� melhor do que nos outros lugares”, afirma.
A pizzaria Parada do Cardoso ampliou o n�mero de funcion�rios para a folia. A pizzaria trabalha normalmente com 30 pessoas. No Carnaval, ser�o mais oito, inclusive seguran�as. “� preciso, pois em outros anos destru�ram meu banheiro”, diz. Ele explica que o movimento � maior no per�odo depois das 22h, quando as pessoas querem repor as energias.
No Xico da Carne, no Bairro Cidade Nova, a programa��o infantil inclui minibaile, oficina de m�scaras, pintura facial e festival de algod�o doce, entre os dias 9 e 11 de fevereiro. A partir de amanh�, a casa vai abrir mais cedo para atender a demanda que, segundo o diretor do restaurante, Rodrigo Nascimento, deve ser 30% maior que no ano passado. “A expectativa � receber 800 pessoas por dia entre s�bado e ter�a-feira”, diz Nascimento. Foram investidos R$ 10 mil para a ocasi�o. No Restaurante e Choperia Pinguim, o destaque da programa��o de carnaval � a rodada dupla de caipirinha, caipiroska, batata frita e batata australiana (fritas com cheddar, bacon e parmes�o). O hor�rio de atendimento da casa n�o ser� alterado durante o carnaval, permanecendo das 11h �s 1h. (GC)