Gra�a alerta Mantega para d�vida da Petrobras

A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, apresentou nesta semana ao ministro da Fazenda e presidente do conselho de administra��o da companhia, Guido Mantega, um cen�rio alarmante para o endividamento da empresa neste ano, segundo fonte ouvida pela reportagem. Mantendo as atuais condi��es, a alavancagem passar� no quarto trimestre para 3,5 vezes a rela��o entre a d�vida l�quida e a gera��o de caixa (Ebitda). Este resultado levaria a companhia a ter sua nota rebaixada por ag�ncias de classifica��o de risco e perder o "grau de investimento". O quadro mostra a necessidade de refor�ar o caixa da empresa, por exemplo, com novo aumento de combust�veis ao longo do ano.

Fundos internacionais que t�m como premissa s� investir em empresas com grau de investimento seriam obrigados a se desfazer do papel.Empr�stimos da empresa vinculados a esta classifica��o tamb�m seriam automaticamente reajustados, aumentando o custo da j� enorme d�vida da empresa, entre outros efeitos.

O limite de conforto fixado internamente pela Petrobras � de 2,5 vezes; o m�ximo aceit�vel seria uma alavancagem de 3 vezes. O n�vel de seguran�a foi ultrapassado no resultado do quarto trimestre de 2012, apresentado na segunda-feira, conforme antecipara a Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. O indicador saiu de 1,66 vez no quarto trimestre de 2011 para 2 77 vezes no quarto trimestre de 2012, surpreendendo o mercado.

No terceiro trimestre, a rela��o j� estava em 2,42 vezes. Na ter�a-feira, um dia depois de ser comunicado pela diretoria da Petrobras sobre a previs�o para o agravamento do endividamento da companhia, Mantega mudou de discurso e admitiu um controle menos rigoroso sobre os pre�os dos combust�veis na refinaria."N�s procuraremos estar mais colados � varia��o de pre�os do barril de petr�leo l� fora para que n�o haja, digamos, nenhum preju�zo para a Petrobr�s", disse o ministro em Bras�lia.

Mantega descartou, na ocasi�o, nova eleva��o dos combust�veis. O recado dado � imprensa foi o mesmo passado internamente para a presidente Gra�a Foster na segunda-feira. "N�s acabamos de dar um aumento para a gasolina, portanto, n�o me parece oportuno falarmos de um novo aumento", disse.

Na entrevista de ter�a-feira para a divulga��o do balan�o, o Rio a presidente Gra�a Foster considerou a situa��o de endividamento "preocupante" e reconheceu que o indicador poderia passar de 2,77 vezes durante o ano.

Para resolver o problema a Petrobras teria que elevar a gera��o de caixa ou reduzir o endividamento. A venda de ativos no exterior � uma dos poucos recursos que a empresa pode lan�ar m�o sem necessidade de qualquer interfer�ncia. Outra medida que est� sendo articulada � encontrar s�cios para seus empreendimentos, de forma a reduzir os investimentos sem cortar projetos.