A demanda por petr�leo teve forte aumento no Brasil no fim do ano passado e a tend�ncia, ainda que a um ritmo menor, deve continuar pelos pr�ximos meses. A previs�o foi feita nesta quarta-feira pela Ag�ncia Internacional de Energia (AIE). Em relat�rio mensal, a AIE cita que os sinais acelera��o da economia refor�am o progn�stico e que o aumento do pre�o da gasolina anunciado recentemente n�o ser� suficiente para reduzir a demanda pelo combust�vel no Pa�s.
"A tend�ncia da demanda brasileira continua forte, com aumento de 6,8%, para 3,2 milh�es de barris por dia, apoiado por grande aumento na demanda dos mercados de transporte rodovi�rio", diz o documento. O crescimento citado diz respeito a novembro de 2012 na compara��o com igual m�s do ano anterior. Em novembro de 2012 o Brasil consumiu uma m�dia di�ria de 900 mil barris de gasolina, volume 8,3% maior do que o observado um ano antes. J� o consumo de diesel saltou 9,4%, para 1,1 milh�o de barris por dia.
Para a AIE, a tend�ncia geral da demanda brasileira continua sendo de "aumento" ap�s certa desacelera��o vista no in�cio do ano passado. Um dos argumentos da entidade � o recente fortalecimento da ind�stria. O relat�rio lembra, por exemplo, que �ndices ligados � produ��o industrial voltaram a ficar no campo "expansionista", o que deve manter a demanda aquecida.
A institui��o reconhece que o recente aumento de pre�os da gasolina e do diesel ter� impacto na procura. "Os esfor�os do governo para aumentar os pre�os dom�sticos devem moderar o crescimento da demanda. Embora o aumento obrigat�rio da mistura de etanol na gasolina - que passar� de 20% para 25% em maio - possa aumentar a demanda pela gasolina como consequ�ncia da menor efici�ncia energ�tica", diz o documento.
Ou seja, a AIE prev� que, inicialmente, o pre�o mais alto pode afastar clientes das bombas de gasolina. Mas o aumento da mistura de �lcool no combust�vel faz o carro a gasolina gastar mais, o que deve, no fim, acabar compensando parcialmente o efeito pre�o.
Ainda sobre o aumento de pre�os no Brasil, a AIE afirma que o reajuste trar� algum "al�vio" � situa��o financeira da Petrobras "embora a maioria dos investidores tenha ficado desapontada com o aumento". A ag�ncia comenta que, como o reajuste foi relativamente menor do que o esperado, a diferen�a de pre�os entre a gasolina e o etanol nos postos continua "demasiadamente estreita", insuficiente para gerar migra��o de consumidores da gasolina para o �lcool.
No relat�rio divulgado nesta quarta-feira em Londres, relativo ao m�s de novembro, a AIE prev� que a demanda brasileira por petr�leo deve ficar na m�dia di�ria de 3,016 milh�es de barris em 2012. Confirmado, o volume ser� 4,2% maior do que o consumido em 2011. Para o ano fechado de 2013, a AIE prev� que o volume usado pelo Pa�s deve chegar a 3,093 milh�es de barris por dia, o que representaria aumento de 2,6% na compara��o com 2012.