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Estado de Minas

Desvaloriza��o do bol�var custa caro para multinacionais dos EUA


postado em 18/02/2013 20:37

A desvaloriza��o da moeda venezuelana pesa sobre as contas de v�rias empresas norte-americanas, o que p�e em evid�ncia a import�ncia das rela��es comerciais entre Caracas e Washington, apesar das diferen�as pol�ticas. A desvaloriza��o do bol�var, de quase 32% passando de 4,30 a 6,30 unidades por d�lar, entrou em vigor na quarta-feira, em meio a temores de um aumento generalizado de pre�os e um contexto de infla��o j� elevada, apesar de o governo afirmar que os pre�os se manter�o est�veis.

Os Estados Unidos s�o o principal comprador de petr�leo da Venezuela e, portanto, seu primeiro s�cio comercial. Apesar das diferen�as pol�ticas entre ambos os pa�ses, as rela��es comerciais cresceram nos �ltimos anos principalmente gra�as � alta dos pre�os de petr�leo na �ltima d�cada. "A Venezuela n�o fabrica nada, al�m de produzir petr�leo. Importam tudo", afirma Win Thin, economista de Brown Brothers Harriman.

Isso leva as multinacionais norte-americanas a serem amplamente representadas em v�rios setores venezuelanos, como o farmac�utico, de energia, de cosm�ticos e de higiene. Estas empresas n�o est�o em condi��es de aumentar seu pre�o no ritmo da infla��o, que o governo estima para este ano entre 14% e 16%, especialmente porque os pre�os de alguns produtos j� est�o no limite.


David Gilmore, analista de FX Analytics, argumenta que a desvaloriza��o "atinge as contas uma vez s�", mas destaca que "n�o h� muitas probabilidades de o bol�var se valorizar novamente". "Seria preciso uma mudan�a de regime", destacou. A Venezuela vive uma �poca de incerteza pol�tica desde dezembro, quando o presidente Hugo Ch�vez viajou a Cuba para se submeter a uma opera��o contra o c�ncer. Para Win Thin, a Venezuela dever� voltar a desvalorizar sua moeda: "a infla��o permanece em cerca de 20% e 25% e os valores do bol�var no mercado negro j� se mostram mais fr�geis".

Multinacionais dos EUA e da Europa afetadas

A fabricante de produtos de higiene e cosm�ticos Procter and Gamble (P&G) reduziu na quinta-feira suas previs�es de resultados anuais, para levar em conta a desvaloriza��o da divisa venezuelana. Em seu exerc�cio 2012-2013, a P&G deve ter d�bitos extras entre 200 e 275 milh�es de d�lares por esta raz�o, enquanto sua concorrente Colgate-Palmolive afirmou que a desvaloriza��o da moeda venezuelana representar� uma perda de quase 120 milh�es de d�lares, depois dos impostos, durante o primeiro trimestre.

O laborat�rio farmac�utico Merck, os fabricantes automobil�sticos Ford e GM e o grupo de cosm�ticos Avon tamb�m devem ser prejudicados pela desvaloriza��o. A gigante espanhola das telecomunica��es, Telef�nica, anunciou que a decis�o do governo venezuelano trar� preju�zos de 585 milh�es de d�lares em 2012 e uma redu��o dos ativos de 1 bilh�o a partir deste ano.


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