O lucro recorde de R$ 6,1 bilh�es obtido pela Caixa Econ�mica Federal em 2012, ap�s promover uma arrojada redu��o das taxas de juros dos empr�stimos para as pessoas f�sicas e empresas, coloca em xeque a resist�ncia dos bancos em baixar os encargos cobrados nas opera��es de cr�dito. Ao oferecer taxas muito mais em conta – corte de mais da metade em diversas linhas –, a Caixa atraiu 6,7 milh�es de novos clientes no ano passado e fechou o ano com crescimento de 42% no volume de cr�dito em carteira, no total de R$ 353,7 bilh�es. O avan�o do saldo de empr�stimo nos maiores bancos privados no mesmo per�odo n�o passou de 12%.
O extraordin�rio lucro – 17% maior que o de 2011 – foi alcan�ado sem aumentar o risco da banco p�blico, pois a inadimpl�ncia permaneceu est�vel, em 2,08%, ante 2% em 2011. � uma das mais baixas do sistema financeiro. Nos dois maiores bancos privados – Ita� e Bradesco –, o calote oscilou entre 4,1% e 4,8%. "Mais de 80% das nossas carteiras de cr�dito t�m elevado grau de garantia", afirmou o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Raphael Rezende Neto.
Chama a aten��o na Caixa o desempenho das linhas de cr�dito pessoal para as pessoas f�sicas – empr�stimos consignados, financiamento de ve�culos, cheque especial, entre outros –, excluindo os habitacionais. O banco federal encerrou o ano com uma carteira 52% maior, com saldo total de R$ 56 bilh�es. Foram contratados R$ 95 bilh�es desses empr�stimos, o que representa 47% de crescimento em rela��o a 2011.
Al�m de facilitar o acesso ao cr�dito a novos tomadores, a redu��o das taxas de juros permitiu a renegocia��o de d�bitos dos clientes endividados em linhas de custo mais alto, como do cheque especial e do cart�o de cr�dito, que tiveram os encargos, que giravam entre 8% e 10,5% ao m�s, reduzidos para cerca de 1,85% e 4,5%. Os juros cobrados no cr�dito pessoal ca�ram de mais de 4% para em torno de 1,7% em m�dia.
Inje��o
"Esse resultado vem consolidar a estrat�gia de sucesso que come�ou em abril de 2012, com o lan�amento do programa Caixa Melhor Cr�dito", refor�ou Rezende Neto. Ele ressaltou que o prop�sito era n�o s� reduzir as taxas de juros, mas tamb�m disponibilizar mais recursos para a atividade econ�mica. Segundo ele, em 2012, o banco injetou um total de R$ 530 bilh�es na economia em opera��es de cr�dito em geral, financiamentos habitacionais e programas do governo federal, como pagamento de seguro-desemprego e PIS/Pasep.
Equil�brio nas contas
6,7 mi
Novos clientes do banco no ano passado
2,08%
Percentual de inadimpl�ncia registrado em 2012