O governo trabalha com taxas de retorno real para o investidor das concess�es de ferrovias e rodovias entre 12% e 15%. "Hoje a taxa de retorno para o investidor est� entre 12% e 15% mais infla��o", declarou nesta quinta-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Log�stica (EPL), Bernardo Figueiredo, ap�s encontro com empres�rios na capital paulista.
Segundo ele, a taxa de retorno � um pouco mais elevada no caso das ferrovias, pelo fato de o projeto apresentar um risco maior. Bernardo afirmou ainda que a obriga��o de as obras exigidas nos editais terminarem em cinco anos de concess�o n�o est� em debate. "N�o podemos adaptar as necessidades do Pa�s � capacidade do mercado. � o contr�rio."
O executivo estima que a estatal Valec deva recuperar 60% do que investir nas concess�es ferrovi�rias. No novo modelo, chamado de "open access", a Valec vai comprar do operador da ferrovia toda a capacidade da linha e, depois, revender trechos ao mercado, o que retira o risco de demanda para a iniciativa privada.
O pacote para construir cerca de 11 mil quil�metros de ferrovias prev� investimentos de R$ 91 bilh�es, sendo R$ 56 bilh�es nos primeiros cinco anos de concess�o. "No fim, haver� subs�dio de at� 40%, segundo a proje��o que temos hoje", afirmou Figueiredo. Os recursos necess�rios para a Valec comprar a capacidade da linha das empresas vencedoras das concess�es vir�o do Tesouro Nacional.
O presidente da EPL informou que as companhias que det�m atualmente concess�es ferrovi�rias n�o poder�o participar dos pr�ximos leil�es. "Sen�o n�o conseguimos convencer o mercado de que essa empresa n�o vai dar privil�gio a ela mesma em detrimento de terceiros."
A expectativa do governo � de que as concess�es levem a uma queda de, em m�dia, 30% nas tarifas ferrovi�rias.