O que fazer com um ve�culo que, desde sua aquisi��o, ainda zero quil�metro e em garantia, apresenta um problema cr�nico? Foi o que aconteceu com o aposentado Manoel Ferreira Pedrosa, que comprou uma Chevrolet S10 em outubro de 2011. Desde a entrega, a picape passou a acusar defeito no sistema de freio. Foram muitas idas e vindas � Lider BH para tentar resolver o problema. A �ltima visita foi em 15 de outubro de 2012. Desde ent�o, o ve�culo encontra-se na concession�ria.
O v�cio da S10 era t�o complicado que a concession�ria convocou a �rea t�cnica da GM para verificar o ve�culo. Sem sucesso. Tamb�m desde essa data Manoel est� a p�. A GM at� ofereceu carro reserva, mas o aposentado recusou, alegando que a picape foi comprada para trabalho na zona rural, o que exigiria um ve�culo 4x4, n�o dispon�vel para empr�stimo. Manoel fez um acordo com a GM: a picape problem�tica foi avaliada conforme a tabela Fipe e o aposentado pagou a diferen�a para adquirir a nova gera��o da S10, e vai receber parte do gasto que teve com transporte nesse per�odo.
FIM DO PRAZO A GM confirma que o acordo foi firmado porque o prazo estipulado por lei para reparo do ve�culo expirou, por�m o fabricante afirma que o diagn�stico ainda n�o foi conclu�do. Segundo Manoel, o acordo � uma forma de evitar uma disputa judicial. De acordo com Maria Laura Santos, coordenadora do Procon de Belo Horizonte, um processo judicial demoraria um bom tempo, al�m de exigir a comprova��o por meio de documentos e at� de per�cia de que o v�cio persiste desde quando o ve�culo estava em garantia e que os v�rios reparos feitos na concession�ria n�o foram capazes de solucion�-lo.
Manoel ainda afirma que teme pelo destino do carro defeituoso, que ser� recolhido pela GM. Ele conta que n�o teve coragem de vender um ve�culo com um problema cr�nico no freio. De acordo com a GM, depois da conclus�o do diagn�stico, a S10 Colina 2011 (placa HGK-8724 e chassi 9BG124JJOBC482406) ser� reparada. Perguntado se o ve�culo voltar� ao mercado, o fabricante respondeu que depois de reparada a picape ter� condi��es normais de uso.
NO “PAU” J� o desfecho da hist�ria de Fernando Freitas n�o foi selado com um acordo. O corretor de seguros comprou uma picape Ford Ranger 2013 em 3 de outubro do ano passado e, quarenta dias depois, o ve�culo passou a apresentar v�rios defeitos: dificuldade de ligar; ar-condicionado sem funcionar; e a luz espia que acusa defeitos mec�nicos acendeu. O ve�culo, com apenas 5 mil quil�metros rodados, seguiu para a concession�ria BH For para ser reparado. E o problema era tamanho que a engenharia da f�brica acompanhou o caso.
Depois de 75 dias com o carro, a concession�ria BH For entrou em contato com Fernando para dizer que o ve�culo estava consertado. Ele se negou a buscar a picape e entrou com uma a��o na Justi�a exigindo um ve�culo novo. A Ranger tem tr�s anos de garantia sem limite de quilometragem. Segundo Maria Laura, do Procon, depois de 30 dias sem solu��o do problema Fernando j� tinha o direito de ser ressarcido e at� indenizado, como garante o artigo 18 do C�digo de Defesa do Consumidor. Durante todo esse tempo que ficou sem o ve�culo Fernando teve que arcar com seus custos de locomo��o, j� que a Ford n�o lhe ofereceu nenhum ve�culo reserva. A montadora ainda n�o foi notificada e o caso est� em andamento.