O registro eletr�nico de h�spedes na hotelaria brasileira ser� obrigat�rio ainda a partir deste ano, disse hoje o ministro do Turismo, Gast�o Vieira, ap�s reuni�o com representantes do setor hoteleiro fluminense, no Rio de Janeiro. “Ela ser� obrigat�ria, porque a ficha eletr�nica � um instrumento de moderniza��o, de conforto para o h�spede, de uma base de informa��es muito mais qualificada. Enfim, voc� vence uma s�rie de problemas”, declarou.
Problemas tecnol�gicos est�o sendo resolvidos em conjunto com o setor para viabilizar a a��o. Segundo o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes, o pessoal da �rea de tecnologia est� buscando uma solu��o para unificar o sistema. A obrigatoriedade da ficha eletr�nica est� “dando muito trabalho para o pessoal de tecnologia da informa��o dos hot�is, porque cada um trabalha com um sistema”, disse.
Lopes est� convicto, por�m, que depois que o procedimento entrar na normalidade, vai ser bom para todos. “Porque n�s n�o podemos continuar como no s�culo passado, preenchendo pap�is”. O novo sistema permitir� que os hot�is tenham informa��es online de seus h�spedes.
O ministro Gast�o Vieira deu seguimento, no Rio, � s�rie de reuni�es para debater a��es conjuntas entre o governo e a iniciativa privada para implementa��o da medida nas cidades que sediar�o jogos da Copa de Confedera��es e da Copa do Mundo de 2014. Vieira observou que o grande desafio ap�s os eventos � como manter o n�vel de ocupa��o hoteleira em padr�o elevado. “O setor hoteleiro est� investindo R$ 10 bilh�es, neste momento, na oferta de novos meios de hospedagem. E, evidentemente, n�o vai querer ficar caracterizado como aquele que cobra pre�os muitos altos”, disse, referindo-se ao acompanhamento que ser� feito sobre o valor das di�rias, para coibir abusos.
O ministro defendeu a necessidade de atrair mais estrangeiros para o pa�s. “Sair desse patamar de 5 milh�es, 6 milh�es de turistas por ano e passar para o patamar, que � a nossa meta, de 10 milh�es. Precisamos fazer os brasileiros viajar cada vez mais dentro do nosso pa�s”. Para os dois casos, destacou que � preciso ter tarifas e di�rias que n�o transformem o Brasil em um destino excessivamente caro.
Vieira lembrou que n�o se trata somente de tarifas de hot�is. O esfor�o para tornar o Brasil atraente para os turistas nacionais e estrangeiros abrange tamb�m os pre�os de restaurantes, das passagens a�reas e rodovi�rias.”N�s estamos com um grande desafio: dar competitividade ao turismo interno brasileiro para que se possa diminuir um d�ficit que n�s temos enorme com rela��o ao que os brasileiros gastam l� fora e que os estrangeiros gastam no nosso pa�s”.
O ministro do Turismo tamb�m falou sobre a classifica��o hoteleira que, segundo ele, precisa ser resolvida rapidamente. “Outro trabalho que dever� ser acelerado para implanta��o antes dos grandes eventos � a classifica��o hoteleira”. No momento, o minist�rio est� procedendo � regulamenta��o do sistema brasileiro de classifica��o dos meios de hospedagem. A ades�o � volunt�ria, mas aqueles que n�o aderirem n�o poder�o fazer a autoclassifica��o, sob risco de penaliza��o”, informou a assessoria do ministro.
Al�m da ficha eletr�nica, do acompanhamento das tarifas e da classifica��o hoteleira, o Minist�rio do Turismo est� empenhado tamb�m em promover a qualifica��o da m�o de obra do setor tur�stico para os grandes eventos. O minist�rio quer chamar a aten��o do empresariado para a oportunidade de qualifica��o gratuita para profissionais da cadeia produtiva do setor tur�stico, por meio do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino T�cnico e Emprego) Copa na Empresa. Em parceria com o Minist�rio da Educa��o e do Servi�o Nacional do Com�rcio (Senac), o programa permite a qualifica��o do profissional no seu pr�prio ambiente de trabalho. A expectativa � formar 240 mil pessoas at� a Copa do Mundo.
O ministro do Turismo destacou ainda a import�ncia da Jornada Mundial da Juventude, que ocorrer� no Rio de Janeiro em julho pr�ximo. O evento reunir� milh�es de jovens cat�licos no Brasil. “S�o turistas diferenciados”. Vieira acredita que a mobiliza��o dos volunt�rios no pa�s, bem como a perspectiva de ter o novo papa fazendo sua primeira visita oficial ao exterior, contribuir�o para ampliar o n�mero de turistas que dever�o vir ao Rio participar do encontro, estimado entre 3 ea 4 milh�es de pessoas. “Isso vai ser revisto tamb�m por conta dessa mobiliza��o que os jovens do Brasil inteiro est�o fazendo para comparecerem a esse evento”.