A gera��o mais aquecida de vagas de trabalho no setor de servi�os do que na ind�stria explica o fato de a taxa de desemprego e a atividade econ�mica seguirem caminhos opostos no cen�rio econ�mico atual. Enquanto a taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), segue trajet�ria de constante crescimento, a atividade econ�mica est� estagnada. A avalia��o � do professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimento, Jos� M�rcio Camargo, que participou, nesta ter�a-feira, do AE Broadcast Ao Vivo.
"A economia cresce pouco porque o setor industrial est� em recess�o. Por outro lado, o setor de servi�os continua com uma taxa de crescimento muito forte e o setor de servi�os � muito forte em gera��o de m�o de obra", apontou o economista.
Ele ressalta que a popula��o economicamente ativa est� em um patamar baixo, crescendo a taxas inferiores a 2% ao ano, o que tamb�m explica o quadro positivo do mercado de trabalho neste in�cio de ano. O resultado da combina��o de queda do desemprego e atividade econ�mica desaquecida, disse Camargo, � a queda da produtividade. Com menos trabalhadores dispon�veis, s�o incorporados ao mercado tamb�m aqueles menos qualificados, que produzem menos.
O economista destacou ainda que existe um processo de deteriora��o do mercado refletido nos dados do Caged, relativo ao emprego formal. "H� processo de deteriora��o do mercado de trabalho que, em algum momento, deve se refletir na taxa de desemprego (medida pela PME)", destacou.