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Estado de Minas

Crise derruba lucro da Vale em 74,3%

Preju�zo da mineradora no quarto trimestre chega a R$ 5,6 bi. Ganho l�quido passa de R$ 37,8 bi para R$ 9,7 bi


postado em 28/02/2013 07:21

Pressionada pela queda dos pre�os de min�rios e metais – � exce��o do ouro – no mercado internacional no ano passado, especialmente do min�rio de ferro, seu principal neg�cio, a Vale registrou preju�zo de R$ 5,628 bilh�es no quarto trimestre de 2012. O resultado considera os efeitos de despesas n�o recorrentes lan�adas no balan�o da companhia, em raz�o de deprecia��o de ativos, efeitos de c�mbio e perdas monet�rias. Por esse crit�rio, foi o primeiro resultado trimestral negativo verificado desde o per�odo de julho a setembro de 2002. No ano, os mesmos efeitos cont�beis ajudaram a reduzir em 74,3% o lucro l�quido, que foi de R$ 9,734 bilh�es, ante R$ 37,814 bilh�es em 2011.

Segundo estudo da consultoria Economatica, o lucro acumulado foi o menor desde 2004 e o preju�zo trimestral analisado o maior j� apurado pela mineradora. Segundo o relat�rio divulgado pela companhia no in�cio da noite de ontem, os ajustes cont�beis n�o afetam “o resultado financeiro real” da Vale. No crit�rio do chamado lucro b�sico, que exclui os efeitos cont�beis, o quarto trimestre apresentou lucro de R$ 4,102 bilh�es e no ano o resultado foi de R$ 22,182 bilh�es, ainda assim 43,4% menor que a cifra de R$ 39,169 bilh�es de 2011. Ao comentar os n�meros, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, destacou o lado positivo do resultado de um ano que tem chamado de desafiador e reafirmou a pol�tica de restri��o e seletividade de investimentos para 2013, com base no retorno que eles tenham capacidade de dar aos acionistas e na import�ncia para os neg�cios de maior peso da mineradora.

A estrat�gia repete a de 2012, embora o executivo tenha afirmado esperar cen�rio mais alentador neste ano. “Para 2013, contamos com um mercado menos vol�til e demandando mais mat�rias-primas”, disse Murilo Ferreira. No ano passado, a Vale investiu US$ 17,729 bilh�es, montante que representou uma redu��o de 17,2% frente ao or�amento aprovado, de US$ 21,411 bilh�es. “Estamos muito focados na efici�ncia e num controle rigoroso de custos”, justificou Ferreira.

SELE��O A companhia estabeleceu como prioridade alocar capital em segmentos como o de min�rio de ferro e carv�o. A ordem � dedica��o especial ao projeto de expans�o das reservas de Caraj�s, no Par�, o projeto S11D, or�ado em R$ 40 bilh�es, o maior na hist�ria da Vale, al�m da explora��o de carv�o de Moatize, em Mo�ambique, na �frica. A despeito da queda dos pre�os do min�rio de ferro no mercado internacional em 2012, a demanda chinesa deve continuar ativa e o pa�s d� sinais de um desempenho saud�vel, para o diretor-executivo de Ferrosos e Estrat�gia da mineradora, Jos� Carlos Martins. “A China n�o nos tira o sono”, afirmou.

A piora do resultado da Vale n�o surpreendeu, diante das previs�es dos analistas do setor. Na avalia��o de Pedro Galdi, analista chefe da SLW Corretora, a curto prazo as dificuldades persistem, mas h� sinais de melhora do cen�rio neste ano. A a��o Vale 5, papel preferencial da companhia, amargou perdas de 15% neste bimestre . “O ano come�ou em melhores condi��es. Por mais que a China n�o cres�a 11%, vai crescer 7,5%”, disse Galdi. Quanto aos pre�os do min�rio de ferro, a volatilidade deve continuar, no entanto a cota��o m�dia de janeiro e fevereiro alcan�ou US$ 150 por tonelada, ante a m�dia de US$ 130 no ano passado. No lado positivo do balan�o destacado pela Vale, houve uma redu��o de despesas gerais e administrativas de 5% em 2012, sendo 30% no quarto trimestre, frente a id�ntico per�odo de 2011.


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