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Estado de Minas

Exporta��es do agroneg�cio mant�m super�vit em tempos de crise


postado em 02/03/2013 18:49

A balan�a comercial brasileira vem registrando resultados fracos em raz�o dos efeitos da crise internacional sobre as exporta��es, segundo o governo. Mas as vendas externas do agroneg�cio s�o exce��o � regra. Enquanto o com�rcio de petr�leo e de produtos industrializados est� em queda, a pauta de exporta��es dos produtos agr�colas est� em franca ascen��o. Em janeiro, quando a balan�a global teve o maior d�ficit da hist�ria, de US$ 4,035 bilh�es, a agr�cola sustentou super�vit de US$ 5,12 bilh�es.

As vendas do setor, que subiram 14,7%, representaram 41,2% das exporta��es do pa�s. Com poucas exce��es, o com�rcio dos produtos cresceu na casa de dois d�gitos e de at� tr�s d�gitos. Mas, na avali��o de exportadores, o pa�s tem o desafio de equilibrar as vendas externas de industrializados para n�o depender s� das commodities. Para isso, � necess�rio investir em barateamento do custo de produ��o, na qualifica��o de m�o de obra e em infraestrutura de transporte. O �ltimo item � reivindica��o tamb�m do agroneg�cio.

De acordo com dados do Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), em janeiro as vendas do milho, que liderou o crescimento das exporta��es agr�colas, aumentaram 327,5% e as do �lcool registraram eleva��ode 216,3% em compara��o ao mesmo m�s do ano passado. As exporta��es de a��car aumentaram 48,4% e as de carne bovina, 29,2%. O complexo soja (farelo, �leo e gr�os), que no ano passado vendeu bem, foi um dos itens a registrar queda em janeiro deste ano. As exporta��es passaram de US$ 953 milh�es para US$ 373 milh�es, recuando 60,9%. O setor produtivo alega que em 2012 a quebra de safra nos Estados Unidos e a demanda aquecida ajudaram a alavancar os pre�os e as vendas. Em 2013, as cifras n�o devem ser t�o elevadas, mas h� expectativa de um bom desempenho.

Segundo proje��o da Associa��o Brasileira de Com�rcio Exterior (AEB), este ano as exporta��es da soja em gr�o devem ficar em US$ 22 bilh�es, com crescimento de 25% ante 2012. Para o vice-presidente da entidade, F�bio Martins Faria, o agroneg�cio “sem d�vida � uma voca��o” do Brasil. “Temos terras agricult�veis e tecnologia com ganho de produtividade muito grande. O ruim � n�o termos a mesma efici�ncia na exporta��o de produtos industrializados”, diz ele, que defende investimentos em infraestrutura a fim de garantir competitividade.

Ele reivindica ainda melhoria na qualifica��o da m�o de obra, barateamento de insumos e redu��o da carga tribut�ria para alavancar as exporta��es da ind�stria brasileira. “A gente est� ficando para tr�s. N�o est� conseguindo virar essa p�gina. Os pa�ses asi�ticos e o M�xico, por exemplo, t�m um desempenho melhor”, afirma.

Na avalia��o de Faria, os resultados de investimentos anunciados pelo governo federal em rodovias, ferrovias e portos ser�o demorados. “Ser� um lapso de tempo muito elevado”, diz. Faria afirma que o agroneg�cio tamb�m se beneficiaria de uma infraestrutura de transportes mais moderna e eficiente, j� que atualmente o escoamento da produ��o � o seu principal gargalo. “A log�stica de escoamento da soja, do milho, ainda depende do caminh�o. O custo do transporte interno � muito elevado”, diz.

O presidente da Associa��o Nacional dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, concorda que a infraestrutura de transporte para a produ��o agr�cola deixa a desejar. “Se houvesse mais efici�ncia, a gente conseguiria contribuir muito mais [para as exporta��es brasileiras]”, comenta. Ele d� o exemplo da soja, despachada de caminh�o de Sorriso (MT) para o Porto de Paranagu� (PR), que fica a 2 mil quil�metros. “Por causa das dificuldades, do estado ruim das rodovias, o frete acaba saindo caro, a R$ 290 a tonelada”. Para se ter uma ideia, a proje��o de safra da Aprosoja Brasil para 2013 � 89 milh�es de toneladas, das quais 70% devem ser exportadas.

Mesmo ainda n�o tendo solucionado os entraves, o governo aposta nas commodities do agroneg�cio para manter a balan�a superavit�ria em tempos de crise econ�mica. Na sexta-feira (1°), ao comentar o d�ficit de US$ 1,27 bilh�o da balan�a global em fevereiro, a secret�ria de Com�rcio Exterior do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, disse que a colheita das safras de soja e milho a partir de abril contribuir� para reverter os resultados negativos at� agora. “A soja em 2012 respondeu por 7% de tudo que o Brasil exportou”, disse.


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