
No ano passado, a capital mineira e as 33 cidades que integram a regi�o metropolitana apresentaram forte redu��o na taxa de desemprego, caindo de 7% em 2011 para 5,1%. A diminui��o, no entanto, foi mais acentuada quando se consideram somente as mulheres. A queda foi de 31,4%, passando de 8,6% para 5,9%, ante queda de 18,2% entre homens (de 5,5% em 2011 para 4,5% em 2012). Com isso, � poss�vel perceber maior aproxima��o de oportunidades entre g�neros. A universit�ria L�via Jangola contribui para engordar a fatia feminina com emprego. Aos 18 anos, ela decidiu ingressar no mercado de trabalho e, apesar da falta de experi�ncia, n�o teve dificuldade em conseguir a primeira oportunidade, em uma loja de roupas. Ela conta que estava ansiosa por preencher o curr�culo. “� dif�cil algu�m sem experi�ncia ser contratado, mas eu fui”, afirma a jovem.
A maior facilidade entre mulheres para obter uma vaga no mercado de trabalho pode ser vista como um significativo avan�o, mas, em contrapartida, quando se fala em rendimentos, a diferen�a entre sal�rios cresceu no ano passado. Em 2011, segundo a pesquisa, as mulheres ganhavam em m�dia 73,2% dos sal�rios dos homens, enquanto no ano passado a diferen�a cresceu para 71,7%. At� mesmo no servi�o p�blico, onde o m�rito tende a ser maior, o percentual se mant�m. A coordenadora t�cnica da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, Gabrielle Selani, afirma que isso se d� pela inser��o de mulheres em cargos com remunera��es menores. “As mulheres se encontram em ocupa��es menos prestigiadas. � mais comum encontrar um professor na universidade e uma professora no ensino m�dio”, afirma Gabrielle. O �nico setor em que elas ganham mais que eles � o da constru��o civil. N�o por acaso, � o setor em que as mulheres est�o menos presentes. Apenas 1,3% do total. A pesquisadora explica que quando presentes no setor elas conseguem se encaixar em cargos superiores.