Falta m�o de obra para v�rias profiss�es em BH

O fato de grande parte da popula��o ser economicamente ativa n�o significa que os empres�rios est�o tranquilos quanto � qualifica��o de profissionais para determinadas fun��es. Um dos principais exemplos vem do com�rcio, setor de grande import�ncia no Produto Interno Bruto (PIB) da capital mineira. Quem passa em frente a vitrines de lojas costuma ver placas ou cartazes informando: precisa-se de vendedores. Situa��o semelhante ocorre na constru��o civil e no ramo de bares e restaurantes.

“O com�rcio sofre com a  falta de m�o de obra especializada. Encontrar pessoas para trabalhar � at� tranquilo. O problema � conseguir gente comprometida, capacitada”, refor�a Gabriel de Andrade Ivo, economista da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio-MG). “� uma �rea que tem uma rotatividade muito grande, o que pode ajudar a explicar essa quest�o”, acrescentou Luciene Longo, do IBGE.

O gerente de uma grande rede, que prefere o anonimato explica que um dos problemas do varejo � que h� trabalhadores, principalmente jovens, que torcem o nariz ao saberem que precisam trabalhar aos s�bados e, no �ltimo bimestre do ano, �poca que o setor mais fatura, �s vezes aos domingos. Problemas semelhantes s�o enfrentados por bares e restaurantes. E o setor tem um agravante: precisa oferecer atendimento de qualidade para os turistas que vir�o a BH para as copas da Confedera��o (2013) e do Mundo (2014).

No Restaurante do Porto, com tr�s casas na capital e cerca de 100 funcion�rios, o s�cio Leonardo Duarte explica que contratou oito pessoas nos �ltimos dois meses. A sa�da para conseguir m�o de obra capacitada, revela, � empregar pessoas cruas na fun��o e ensin�-las o servi�o. “Empregamos a pessoa e vemos se ela tem qualidade, vontade de trabalhar. Ent�o, a treinamos. Por exemplo, contratamos uma pessoa como ajudante de cozinheiro e a treinamos para, daqui a algum tempo, ela ser cozinheira”, disse Leonardo.

De olho nos eventos internacionais que v�o ocorrer na capital, Leonardo e o pai, Jos� Costa Duarte Saldanha, fundador da rede, oferecem cursos de ingl�s e espanhol para os funcion�rios. “Vamos moldando o colaborador. Al�m das oito vagas preenchidas nos �ltimos meses, temos tr�s em aberto”, disse o filho.

Por outro lado, o rendimento dos profissionais da Grande BH tamb�m subiu. Relat�rio do IBGE, que comparou o indicador apurado em janeiro de 2013 com o do mesmo m�s do ano anterior, destacou que “o rendimento registrou alta em Belo Horizonte (5,2%)”. Foi a maior entre as regi�es pesquisadas. Para se ter ideia, o indicador variou menos em S�o Paulo (4,1%), no Rio de Janeiro (2,8%) e Porto Alegre (2,6%), ficando est�vel no Recife e apresentando queda em Salvador (10,9%). (PHL)