O reajuste m�dio de 6,36% a ser implementado pela Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) nas contas de luz dos consumidores dos 774 munic�pios mineiros que formam a base de concess�o da empresa, em 8 de abril, poder� ficar abaixo do anunciado. De acordo com o diretor de distribui��o e comercializa��o da estatal, Ricardo Charbel, isso acontecer� caso a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE) possa ser usada para reembolsar o acionamento das t�rmicas desde setembro do ano passado. “A Cemig est� verificando o impacto da medida na revis�o tarif�ria deste ano”, afirmou Charbel.
Com o impacto positivo, os percentuais anunciados at� agora para as tarifas da concession�ria mineira podem ser revistos para baixo no caso de aumento e para mais na previs�o de redu��o tarif�ria. Para os consumidores residenciais, o reajuste sugerido pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) � de 9,06%. No caso da ind�stria que trabalha em alta tens�o, e que compra energia no mercado livre, haver� uma queda de 2,51%. J� as pequenas e m�dias empresas do segmento, que s�o consumidoras cativas da Cemig, poder�o amargar um reajuste de 18% em sua conta de luz.
De acordo com S�rgio Mourthe, gerente de relacionamento comercial com clientes de distribui��o da Cemig, o texto da medida que transformou a CDE numa esp�cie de colch�o para amortecer os impactos tarif�rios do acionamento emergencial das usinas termel�tricas (para garantir a seguran�a do abastecimento), publicada pelo governo na sexta-feira, abre espa�o para o reembolso retroativo, embora n�o afirme essa possibilidade com todas as letras.
Em setembro de 2012, as termel�tricas brasileiras, que geram energia a pre�os superiores aos das hidrel�tricas, come�aram a ser despachadas para garantir um n�vel m�nimo de armazenamento nos reservat�rios. O acionamento das termel�tricas foi o fator que mais pesou na revis�o tarif�ria que ser� implementada pela Cemig no m�s que vem.
Nessa segunda-feira, em mais uma indica��o de que o despacho das t�rmicas dever� ser intenso ao longo do ano, o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) projetou que o n�vel dos reservat�rios das usinas das regi�es Sudeste e Centro-Oeste deve encerrar novembro (in�cio de per�odo de chuvas) em 58,5% da capacidade. Segundo o ONS, os reservat�rios podem alcan�ar esse patamar de armazenamento se o despacho pleno das t�rmicas for mantido ao longo do ano e se o fluxo de �gua (energia natural afluente) para as hidrel�tricas for de 94% da m�dia hist�rica, o que depende das chuvas.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, j� disse que a nova regra prev� que 50% do custo com uso emergencial das t�rmicas passe a ser bancado por quem estiver exposto no mercado de curto prazo – grandes consumidores que compram energia no mercado livre e, principalmente, controladores de usinas cujas obras est�o atrasadas e que precisam comprar no mercado a energia que est�o deixando de produzir. A outra metade ser� dividida entre geradores (usinas), comercializadores (distribuidoras) e os consumidores. A previs�o do governo � que, em vez de arcar com 100% do custo das t�rmicas, os consumidores passem a bancar cerca de 25% dos gastos extras das distribuidoras com a compra de energia t�rmica
Consumidor
A Cemig lan�ou ontem a Semana do Consumidor em todo o estado. O objetivo � divulgar os direitos e os deveres dos consumidores, dar dicas sobre o consumo eficiente de energia, de seguran�a coma rede el�trica e divulgar os canais de atendimento da empresa. A estatal mineira atende a 7,5 milh�es de consumidores no estado e conta com 497,5 mil quil�metros em rede de distribui��o e com um mercado total de 45,8 milh�es de megawatts/hora.