A maior dispers�o do aumento de pre�os ao consumidor, press�es caracter�sticas do per�odo (sazonais) e do segmento de transporte contribuem para que a infla��o mostre resist�ncia. A avalia��o consta da ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC), divulgada hoje.
“Embora essa din�mica desfavor�vel possa n�o representar um fen�meno tempor�rio, mas uma eventual acomoda��o da infla��o em patamar mais elevado, o comit� pondera que incertezas remanescentes – de origem externa e interna – cercam o cen�rio prospectivo e recomendam que a pol�tica monet�ria [defini��o da taxa b�sica de juros, a Selic] deva ser administrada com cautela”, acrescentou o comit�.
No �ltimo dia 6, o Copom decidiu manter a taxa em 7,25% ao ano, Entretanto, o comit� n�o repetiu mais a avalia��o de que a estrat�gia mais adequada para garantir a converg�ncia da infla��o para a meta � manter as condi��es monet�rias (Selic) por per�odo de tempo suficientemente prolongado.
Agora a avalia��o � que o “Copom ir� acompanhar a evolu��o do cen�rio macroecon�mico at� sua pr�xima reuni�o, para ent�o definir os pr�ximos passos na sua estrat�gia de pol�tica monet�ria”.
Na ata da reuni�o, o comit� destaca que “taxas de infla��o elevadas geram distor��es que levam a aumentos dos riscos e deprimem os investimentos”. Segundo o Copom, essas distor��es se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das fam�lias, das empresas e dos governos e na deteriora��o da confian�a de empres�rios. O comit� enfatiza, tamb�m, que taxas de infla��o elevadas reduzem o poder de compra de sal�rios e de transfer�ncias, com repercuss�es negativas sobre a confian�a e o consumo das fam�lias. “Por conseguinte, taxas de infla��o elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de gera��o de empregos e de renda”, acrescenta.
A Selic � o principal instrumento usado pelo BC para controlar a infla��o, que tem surpreendido o governo. Na �ltima sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) anunciou que o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,6% no m�s passado, alcan�ando 6,31% no acumulado de 12 meses.
O BC trabalha para que a infla��o convirja para o centro da meta, que � 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a proje��o dos analistas de institui��es financeiras divulgada na �ltima segunda-feira (11), neste ano, a infla��o medida pelo IPCA deve ficar em 5,82%, contra 5,70% previstos na pesquisa anterior. Para 2014, a estimativa foi mantida em 5,50%.