S�o Paulo, 14 - A Associa��o Brasileira da Ind�stria de Caf� (Abic), que re�ne as torrefadoras e processadoras de caf�, informou, na quarta-feira (13) aos supermercados que n�o ter� condi��o de reduzir os pre�os de seus produtos em 9,25%, conforme foi anunciado na �ltima sexta-feira (08) pelo governo, por causa da desonera��o do PIS/Cofins de oito produtos da cesta b�sica, entre eles o caf� torrado e mo�do.
O motivo alegado pela Abic, em nota enviada � Associa��o Paulista de Supermercado (Apas), � que o setor j� tem um regime de tributa��o especial. �Tendo sido cancelado o cr�dito presumido de 7,4%, concedido pelo governo para a ind�stria na desonera��o prevista na MP n� 609, fica a ind�stria do caf� impossibilitada de assumir os aumentos de custos resultantes da diferen�a com o PIS/Cofins de sa�da, igual a 9,25%, sob pena de assumir preju�zos�, diz a nota.
O impacto da desonera��o da cesta b�sica nos pre�o ao consumidor tem resultados diferentes, de acordo com regime de tributa��o de cada setor. Nas carnes bovinas, su�nas e nas aves, por exemplo, o corte no pre�o final ser� inferior a 9,25%, diz o economista da MB Agro, Jos� Carlos Hausknecht.
Ele explica que na compra dos animais os frigor�ficos se creditam de PIS/ Cofins com uma al�quota menor. Portanto, a redu��o de pre�o na ponta deve seguir essa propor��o. Nas contas do economista, a redu��o de pre�o ao consumidor da carne bovina ser� de 6,8% e no frango e nos su�nos, de 8,5%.
J� o setor de p�es industrializados deve encaminhar hoje ao Congresso Nacional um pedido de emenda � Medida Provis�ria para incluir os p�es industrializados na lista de produtos desonerados de PIS/Cofins. Segundo o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Massas Aliment�cias (Abima), Cl�udio Zan�o, o p�o produzido na padaria j� � desonerado, mas o industrializado, n�o. �Faz tempo que estamos conversando com o governo, pleiteando a desonera��o dos p�es industrializados�, conta ele. O contra-argumento usado pelo governo para n�o dar o benef�cio � que p�o industrializado � �de rico�,mas o pre�o do quilo do p�o de padaria � maior do que o do industrializado.
Impacto
Enquanto os elos das cadeias produtivas dos itens da cesta b�sica desonerados na semana passada se ajustam � nova realidade de pre�os, o coordenado do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Fipe, Rafael Costa Lima, decidiu reduzir de 5,4% para 5% a proje��o de infla��o medida pelo indicador, que ele calcula, para este ano.
A mudan�a, segundo ele, considera uma simula��o do impacto da desonera��o dos pre�os da cesta b�sica. Nas suas contas, se fosse repassada integralmente a desonera��o para o consumidor, o corte no IPC do ano seria de 0,61 ponto porcentual. No caso de um repasse de 75%, a queda seria de 0,45 ponto porcentual e, se todas as cadeias repassassem a metade da desonera��o, o impacto seria uma queda de 0,30 ponto porcentual. �O mais prov�vel � que a ind�stria e o varejo repassem para os pre�os entre 50% e 75% do corte de imposto.� As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.