Delfim: Tombini subir� taxa Selic se necess�rio

S�o Paulo, 14 - O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto elogiou, nesta quinta-feira, o presidente do Banco

Central (BC), Alexandre Tombini e disse que a autoridade monet�ria "n�o vai se submeter ao cabo de

guerra entre os vendedores de pap�is do mercado financeiro e o governo e, portanto, subir� a taxa b�sica de juros (Selic) se achar necess�rio". A afirma��o foi feita em evento na C�mara Americana de Com�rcio (Amcham).

Indagado se, diante da demonstra��o clara, na ata da reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), de que a infla��o segue sob press�o, o BC n�o elevaria a Selic na pr�xima reuni�o, Delfim ponderou: "� muito melhor para o governo aguardar como a infla��o se comportar� at� o segundo semestre, quando sempre h� um recuo, antes de subir a Selic.

Para o economista, uma varia��o, por exemplo, de 0,25 ponto porcentual na Selic traria impactos apenas no setor de servi�os, mas mudaria pouco as decis�es de investimentos na produ��o. "Seria importante apenas para o mercado financeiro. N�o tem influ�ncia maior no sistema produtivo", emendou.

Ainda segundo o ex-ministro, a esperan�a � de que o aumento da oferta, principalmente de commodities agr�colas, ocorra at� o segundo semestre e controle a infla��o sem a necessidade de mudan�a na taxa b�sica de juros. "Se aumentar agora (a Selic), quando os pre�os ca�rem em agosto, um estat�stico falar� que a baixa foi por causa da decis�o (do Copom), o que n�o ser� verdade."

Delfim elogiou, com ressalvas, a decis�o do governo de fazer concess�es e ainda de pressionar, por meio dos bancos oficiais, a queda dos juros reais. "Nas concess�es o governo faz a coisa certa, mas de maneira equivocada, o que gera ru�dos do sistema. J� a baixa na taxa de juros real, essa sim tem efeitos na produ��o", disse. "Deem credito de confian�a ao Brasil, pois, ainda que a apar�ncia seja de tumulto, faz a coisa certa", concluiu.