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Estado de Minas

M�s a m�s, IPCA sobe acima do esperado


postado em 19/03/2013 11:40

Bras�lia, 19 - Desde julho do ano passado, economistas do mercado financeiro levam um susto a cada 15 dias quando olham o resultado da infla��o oficial do Pa�s. Em todos os casos, sem exce��o, o IPCA e o IPCA-15 ficaram acima das expectativas e a diferen�a entre o que era previsto e o que de fato ocorreu pode chegar a 1,2 ponto porcentual, na infla��o acumulada no per�odo, de acordo com alguns c�lculos.

A preocupa��o � tanta que o tema foi levado por diferentes analistas ao Banco Central na sexta-feira, durante reuni�o realizada em S�o Paulo. O diretor de Pol�tica Monet�ria do BC, Carlos Hamilton Ara�jo, ouviu as avalia��es sem fazer coment�rios. A assessoria de imprensa do BC informou que a autoridade monet�ria n�o comenta avalia��es de analistas.

�Esse descompasso que ocorreu � impressionante�, disse o economista-chefe do Votorantim Wealth Management, Fernando Fix, que fez um dos levantamentos apresentados ao BC.

Analistas n�o s�o infal�veis em suas estimativas, mas uma s�rie de erros sempre para o mesmo lado levantou a tese entre os profissionais da �rea de que a culpa n�o � dos modelos usados pelas institui��es financeiras, mas, sim, da coordena��o das expectativas do governo sobre o controle da alta dos pre�os. �O ind�cio � de que h� piora no ambiente inflacion�rio�, considerou Fix.

Sem �ncora

De acordo com o economista, a cada m�s, os indicadores v�m mais fortes e, ent�o, os analistas percebem a diferen�a e incorporam essa informa��o mais negativa em seus modelos, mas ainda assim s�o surpreendidos na divulga��o seguinte: �As expectativas est�o cada vez mais desancoradas e a diferen�a sempre para o mesmo lado � mais preocupante do que simplesmente errar�.

Ainda que normalmente as proje��es do mercado se descolem do dado efetivo, esses desvios s�o vistos ora para cima e ora para baixo. No longo prazo, segundo Fix, a tend�ncia � a diferen�a entre uma s�rie de indicadores e suas previs�es fique em torno de zero. �O que � pouco usual � o que ocorre agora: um per�odo t�o longo de surpresas apenas para cima.�

Fatores

Para o economista da LCA Consultores, Br�ulio Borges, tr�s pontos podem explicar as taxas acima das previs�es nestes �ltimos meses. O primeiro � a alta do pre�o do milho e da soja no mercado internacional, que acabou contaminando os pre�os internos. O segundo � a deprecia��o cambial, que s� no segundo semestre do ano passado foi de 10%. Apenas o efeito desses dois fatores representaram, conforme Borges, 1,5 ponto porcentual da alta de 5,8% do IPCA em 2012. Ou seja, sem esses impactos, o �ndice ficaria em 4,3%, abaixo do centro da meta de 4,5%.

O terceiro ponto, lembrou o consultor da LCA, � mais dif�cil de contabilizar. � que, segundo ele, a nova lei para os caminhoneiros, que desde meados do ano passado t�m jornada de trabalho mais leve, tamb�m acabou interferindo nos pre�os. �N�o d� para saber exatamente quanto, mas temos informa��es de que isso encareceu o frete�, considerou.

A expectativa do economista da Votorantim � a de que o BC comece uma rea��o de ancoragem das expectativas do mercado. Principalmente porque esse descasamento com a realidade est� ocorrendo por um per�odo prolongado. �Estou mais confiante depois da ata mais recente do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom)�, disse. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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