O Parlamento Cipriota rejeitou hoje o plano de resgate dos credores internacionais que previa a aplica��o de um imposto sobre dep�sitos banc�rios superiores a 20 mil euros. O plano de resgate financeiro foi rejeitado com 36 votos e nenhum voto favor�vel ao plano. Foram 19 absten��es.
No in�cio do debate, o presidente do Parlamento, Yiannakis Omirou, tinha j� apelado aos deputados para votarem contra a “chantagem” do acordo negociado com a Troika (Uni�o Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monet�rio Internacional).
O desafio de Yiannakis Omirou teve uma imediata aceita��o entre deputados de v�rias forma��es pol�ticas, a insurgirem-se contra a sugest�o de um imposto sobre os dep�sitos banc�rios, enquanto milhares de pessoas manifestavam no exterior do edif�cio pela rejei��o do acordo anunciado no s�bado (16) pelos credores internacionais.
“Apenas existe uma resposta: n�o � chantagem”, considerou Omirou, do Partido Socialista Edek. “A nossa exig�ncia � que este acordo deve ser renegociado. Se este imposto for aprovado, nenhum investidor estrangeiro manter� aqui o seu dinheiro”, avisou.
Os deputados do partido do presidente conservador Nicos Anastasiades, o Disy, decidiram por unanimidade n�o participar da vota��o, uma posi��o que “refor�ar� a posi��o da Rep�blica de Chipre durante as negocia��es”, disse um representante do partido.
Milhares de pessoas concentraram-se em frente ao Parlamento para exigir a rejei��o do plano, e avisar que a sua aprova��o poder� implicar a medidas id�nticas a de outros pa�ses da zona do euro, como a Espanha e a It�lia.
Ap�s uma contesta��o generalizada e o adiamento por duas vezes do debate parlamentar, a mais recente proposta do plano de resgate prev� a aplica��o de um imposto de 6,75% para os dep�sitos entre 20 mil e 100 mil euros, e de 9,9% acima desse montante, ficando os dep�sitos inferiores a 20 mil euros isentos de qualquer taxa.
H� quatro dias que os bancos permanecem fechados na Rep�blica de Chipre (a parte grega da ilha mediterr�nica, cerca de dois ter�os do territ�rio e reconhecida internacionalmente), enquanto a Bolsa de valores cipriota decidiu suspender at� hoje as transa��es.