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Estado de Minas

Crise econ�mica na Europa for�a nova fase de emigra��o de portugueses


postado em 22/03/2013 09:31 / atualizado em 22/03/2013 09:33

A crise econ�mica internacional que afeta especialmente os pa�ses do sul da Europa est� incentivando a emigra��o portuguesa. Os principais destinos s�o os pa�ses do norte da Europa menos afetados pela crise, como Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo. H� tamb�m correntes migrat�rias para Angola, Brasil e Mo�ambique; pa�ses falantes do idioma portugu�s.

A di�spora portuguesa n�o ocorre pela primeira vez na hist�ria. Portugal, sendo um pequeno pa�s, ex-imp�rio colonial e tendo uma popula��o reconhecida pela capacidade de adapta��o cultural, h� muitos anos � tido como um pa�s de emigrantes – inclusive para o Brasil. Conforme estat�stica aceita por especialistas, h� cerca de cinco milh�es de lusitanos e seus descendentes diretos vivendo mundo afora. Desses, cerca de 2,3 milh�es s�o nascidos em Portugal – n�mero que se aproxima de um quarto da popula��o residente no pa�s (10,2 milh�es).

De acordo com a soci�loga Filipa Pinho, coordenadora da equipe t�cnica do Observat�rio da Emigra��o do Instituto Universit�rio de Lisboa (Iscte-IUL), o que diferencia os processos de emigra��o no s�culo 21 � que “h� mais liberdade de circula��o, intercomunica��o e aproxima��o de fronteiras”.


A internet favorece que as pessoas que queiram emigrar acionem redes locais de apoio e solidariedade no pa�s de destino, al�m de disponibilizar informa��es instant�neas e a chance de pesquisar emprego e oportunidades de neg�cio. Esse � o caso de Bruno Carvalho, solteiro com 30 anos, que pensa em emigrar para algum pa�s asi�tico e l� abrir um pequeno neg�cio como padaria ou doceria. Ele n�o descarta ir para o Brasil, mas teme a viol�ncia, lembra do custo de vida e desconfia de como ser� o futuro da economia brasileira ap�s os Jogos Ol�mpicos de 2016; “n�o vejo que haja de fato bom desempenho econ�mico”, disse � Ag�ncia Brasil.

A principal raz�o para Bruno planejar a vida fora de Portugal � 'a falta de perspectiva' em seu pa�s e o desejo de viver em lugares de outra cultura. Apesar de estar empregado como caixa de uma rede de supermercados em meio per�odo, Bruno avalia ter potencial e tempo para outras atividades – antes da crise tinha dois empregos. A outra atividade, da qual foi demitido em outubro do ano passado, era de assistente de escala na pista do Aeroporto de Lisboa.

A emigra��o de pessoas jovens como Bruno Carvalho poder� ter efeito grave no futuro de Portugal, cuja popula��o envelhece acentuadamente pondo em risco o sistema de seguridade social. De acordo com o Instituto Nacional de Estat�sticas, �rg�o portugu�s equivalente ao IBGE, na �ltima d�cada a popula��o do pa�s s� cresceu em 200 mil habitantes – especialmente imigrantes, dos quais 77 mil eram brasileiros. O n�mero de filhos por mulher portuguesa caiu de 1,56, em 1990, para 1,36, em 2010. No Brasil a taxa era de 1,9 filho por mulher, em 2010.

Por ora, a emigra��o tem garantido mais divisas ao pa�s. Nos �ltimos anos, cresceu o saldo positivo das transa��es (envio e recebimento de euros) com Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo; assim como com Angola. No caso do Brasil, os dados coletados pelo Observat�rio da Emigra��o ainda registram fluxo monet�rio favor�vel ao Brasil por causa da colonia de 111 mil habitantes residentes em Portugal.

De 2008 para 2011, a entrada oficial de portugueses no Brasil passou de 482 pessoas ao ano, para 1.564. O registro consular portugu�s contabiliza que a popula��o lusitana entre os brasileiros cresceu de 384 mil para mais de 425 mil. O registro, no entanto, n�o � obrigat�rio e o dado pode incluir descendentes nascidos no Brasil e pessoas que se registraram muito tempo depois de emigrarem.

Entre os portugueses, h� quem ache vantajosa a emigra��o para o Brasil, mas h� quem reclame do mercado de trabalho ser de dif�cil acesso, como � o caso dos engenheiros que n�o conseguem registro para trabalhar. Para contornar essa situa��o, nesta quinta-feira (21), a Associa��o Nacional de Dirigentes das Institui��es Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Crup) assinaram, em Bras�lia, um memorando de entendimento para agilizar os processos de reconhecimento, revalida��o e equival�ncia de graus e t�tulos acad�micos.


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