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Estado de Minas

Empreendimentos da hotelaria e do com�rcio est�o em alta em BH


postado em 31/03/2013 00:12 / atualizado em 31/03/2013 09:07

De �reas agr�colas para importantes polos comerciais e de servi�os. As regi�es Nordeste e Noroeste de Belo Horizonte, que juntas somam 560 mil moradores (24% da popula��o) e 33.990 empresas (19,5% do total), abrigam bairros como Al�pio de Melo, Uni�o e Palmares, marcados pela mudan�a em suas paisagens. No primeiro, a expans�o do cr�dito e a baixa taxa de desemprego na capital mineira atra�ram grandes redes, cujo melhor exemplo est� na Avenida Ab�lio Machado. No segundo e no terceiro, a constru��o de hot�is e de um complexo comercial v�o impulsionar ainda mais o emprego. A economia no Nordeste e no Noroeste da capital mineira � o tema da terceira reportagem da s�rie “Fora do eixo”, que o Estado de Minas publica at� amanh�.

A origem da Regi�o Nordeste de Belo Horizonte remete � Fazenda S�o Jo�o Batista, cuja sede ocupava a �rea que hoje divide os bairros Uni�o e Palmares. O local est� prestes a se transformar num polo hoteleiro, onde os dois empreendimentos j� em atividade – Ouro Minas e �mpar Su�tes – v�o ganhar a companhia de uma unidade do Ramada, outra do Almada e, por fim, uma terceira para a qual os empres�rios captam investidores. Os cinco hot�is, todos localizados num raio de menos de um quil�metro, est�o de olho numa futura engrenagem daquelas bandas, o novo centro de conven��es da capital, que ser� constru�do �s margens da Avenida Cristiano Machado, num terreno entre o Minas Shopping e o Minascasa.

Os dois centros comerciais, ali�s, se preparam para o novo polo hoteleiro. O Minascasa, por exemplo, receber�, em seu terreno, uma torre do Ramada. O estabelecimento est� sendo erguido pela Lider e vai ser administrado pela Vert Hot�is, representante do grupo Wyndham. “Por ser constru�do dentro de um shopping, os h�spedes poder�o usufruir de servi�os, como banco 24 horas, sal�o de beleza, papelaria, loja de decora��o, padaria…”, propagandeia Sandra Costa, vice-presidente do conselho de s�cios da Lider.

O hotel, por sua vez, beneficiar� os clientes do mall, pois uma pra�a de alimenta��o ser� constru�da no primeiro pavimento do Ramada Minascasa. O superintendente do shopping, Wallace Pinto, acredita que o fluxo de pessoas aumentar� em 10%: “Por seu car�ter diferenciado, com conceito gourmet, as lojas da nova pra�a v�o atrair moradores e trabalhadores da regi�o, al�m dos h�spedes”. O Minas Shopping tamb�m se apressou em garantir uma parcela dos clientes do futuro polo hoteleiro e em dezembro passado ampliou o mix em 60 lojas. O investimento foi de R$ 40 milh�es.

O gerente-geral do mall, C�cero Mello Sant’Anna, espera crescimento de 25% nas vendas em raz�o do aumento na �rea interna: “A constru��o dos hot�is vai contribuir diretamente para esse percentual”. Mas a maior tacada da AD Shopping, que administra o Minas, ser� gerenciar um grande empreendimento multiuso que est� sendo erguido, em terreno vizinho ao shopping, pela EPO Engenharia. Trata-se de um complexo comercial e de servi�os de 137 mil metros quadrados, que vai reunir dois edif�cios, o Center Minas e Global Tower, sendo este �ltimo com heliporto.

O Center Minas ter� seis pavimentos, quase 2,3 mil vagas para autom�veis, 50 lojas, home center, 12 fast foods, oito �ncoras – uma delas � a francesa Leroy Merlin. A primeira etapa deve ser inaugurada em abril, quando a Leroy entrar� em funcionamento. Apenas nessa fase o aporte � de R$ 80 milh�es. J� a segunda torre do complexo, a Global, ter� 28 pavimentos. O edif�cio ser� destinado a empresas de servi�os. O diretor-presidente da EPO, Gilmar Dias dos Santos, diz que a “�rea � um ponto estrat�gico em franca expans�o”.

Via de investimentos

O polo hoteleiro e o complexo comercial surgem n�o s� em raz�o do futuro centro de conven��es de BH: a Avenida Cristiano Machado, principal caminho para as novas empresas, � um dos corredores que faz parte da Linha Verde, a via expressa que liga o Centro da capital ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. A combina��o da import�ncia da via com a chegada dos megaempreendimentos tamb�m vai beneficiar empres�rios de menor porte.

Fernando Zamforlim, dono da Hipperfrios Delikatessen, ser� um deles. O seu empreendimento, aberto h� um ano e meio, no Bairro Uni�o, est� no mesmo quarteir�o do �mpar Su�tes e a menos de 700 metros do Ouro Minas e do Minascasa. “Os hot�is hoje representam cerca de 15% de minhas vendas, mas elas v�o crescer bem depois da inaugura��o dos novos empreendimentos. Tanto que j� estou ampliando a adega e o espa�o para cerveja”, explica o comerciante.

Zamforlim ainda n�o estimou qual ser� o aumento nas vendas, mas acredita num percentual elevado. � a economia ditando os novos ritmos na Regi�o Nordeste. L�, segundo a Associa��o Comercial de Minas, h� 14.182 empresas. (PHL)

'Formigueiro' anima lojistas

Constru�da para ser a moradia de oper�rios que ajudaram a erguer a nova capital de Minas (Bairro Padre Eust�quio) e para o abastecimento agr�cola de Belo Horizonte (Carlos Prates), a Regi�o Noroeste, onde h� 19,8 mil empresas, n�o � mais a mesma da funda��o de Belo Horizonte: a �rea se valorizou, atraiu grandes investimentos e obrigou a prefeitura a tirar da gaveta projetos vi�rios importantes para comportar o crescimento. A liga��o da Avenida Pedro II, no Padre Eust�quio, � Presidente Tancredo Neves, no Bairro Castelo, encurtou o caminho entre as regi�es Nordeste e Pampulha.

O aumento da renda do brasileiro, ali�s, � notado em todo o pa�s. No Bairro Al�pio de Melo, por�m, a boa-nova fica bem evidente para quem vai � Ab�lio Machado. A principal via do bairro j� abriga grandes redes, como Ricardo Eletro, Ponto Frio, Magazine Luiza. O �ltimo destaque l� chegou em novembro de 2012. Trata-se de uma unidade das Lojas Americanas. Fica ao lado do shopping popular Xingu, outro exemplo de como o vaiv�m de pessoas naquele corredor desperta a cobi�a do varejo.

Bom para o novo centro comercial, mas tamb�m para os chamados lojistas de rua. Na Gabrielly Carolina Cal�ados, a vendedora Roseli da Costa conta que o movimento de clientes, principalmente nas principais datas do calend�rio varejista, � t�o grande que quase sempre os funcion�rios das lojas precisam se abdicar do hor�rio integral do almo�o. “N�o d� tempo para nada”, refor�ou a vendedora, acrescentando que atende consumidores de todas as classes sociais. “Temos clientes do Castelo, do Pindorama, do Gl�ria, do Padre Eust�quio…” Roseli faz quest�o de destacar que no Natal e no Dia das M�es, consideradas as melhores datas para vendas no varejo nacional, o fluxo de consumidores ao longo da Ab�lio Machado � superior ao das vias do Hipercentro de Belo Horizonte. Moradora do Gl�ria, Raquel Reis bate na mesma tecla: “Aqui fica como se fosse um formigueiro”. Para ela, o segredo do sucesso de p�blico ao longo de vias da regi�o � o com�rcio diversificado.

A regi�o conta at� com a Feira Coberta, no Padre Eust�quio, onde produtos da ro�a dividem espa�o com mercadorias importadas. Get�lio Quintino, de 71 anos, � negociante de milho, piment�o, ovos, ab�bora, entre outros produtos. “Busco na Ceasa. A clientela gosta, pois � tudo fresco”, diz o homem, que chegou ao local no in�cio da d�cada de 1970. Para ele, a feira � um pedacinho do interior na capital.


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