O volume de neg�cios na ind�stria portuguesa caiu 7,1% no m�s de fevereiro em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior. Na compara��o com janeiro deste ano, a queda foi 2,2%. De acordo com o Instituto Nacional de Estat�sticas (INE), o emprego na ind�stria diminuiu 4,1%; as horas trabalhadas sofreram redu��o de 5,5% e os sal�rios tiveram varia��o negativa de 0,3%.
Os dados do INE mostram os efeitos da recess�o da economia lusitana e da crise externa pela qual passa a Europa, em especial os pa�ses do Sul do continente. Com a economia do principal comercial em crise, a Espanha, os neg�cios da ind�stria portuguesa com o exterior diminu�ram mais de 5% em fevereiro na compara��o anual.
A falta de investimentos p�blicos e privados e a redu��o do consumo das fam�lias afetaram ainda mais as encomendas da ind�stria. O volume de neg�cio do setor dentro do mercado interno caiu 8,6% em fevereiro de 2012 na compara��o com o ano anterior. O dado engloba a queda de mais de 7% dos neg�cios com bens de consumo e de quase 20% para bens de capital (venda de de m�quinas, por exemplo).
O governo de Portugal est� revendo para baixo os gastos p�blicos previstos no Or�amento do Estado 2013, e dever� enxugar em cerca de 1,3 bilh�o de euros (mais de R$ 3,5 bilh�es) a previs�o or�ament�ria, ap�s o Tribunal Constitucional suspender na �ltima semana quatro medidas de conten��o de despesa.
Antes da necessidade do corte, o Banco de Portugal (Banco Central) previa que o consumo do Estado cairia em 2,4% este ano e o consumo privado (fam�lias e empresas) baixaria em 3,8%, repetindo de forma mais amena a recess�o de 2012. No ano passado a economia portuguesa contraiu 3,2%.
Acumulando resultados negativos e perspectivas negativas, o governo portug�s tentar� alongar prazos e diluir valores de pagamento do montante principal da d�vida com os credores externos. De acordo com a Ag�ncia Lusa, o assunto estar� em pauta na reuni�o do Eurogrupo (formado pelos ministros da economia e finan�as dos 13 pa�ses onde circula o euro). A reuni�o est� marcada para a pr�xima sexta-feira (12) e s�bado (13), na Irlanda.
Apesar da agenda, nenhuma decis�o ser� tomada l�. Conforme a Lusa, os credores da Troika (Fundo Monet�rio Internacional, Banco Central Europeu e Comiss�o Europeia) retornar�o “em breve” a Portugal por causa da decis�o do Tribunal Constitucional. O pa�s aguarda para maio a libera��o de 2 bilh�es de euros (cerca de R$ 5,4 bilh�es) de empr�stimo da Troika.