Apesar de o �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br) ter apresentado queda em fevereiro ante janeiro, o resultado divulgado h� pouco corrobora a expectativa de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre ficar� pr�ximo a 1% na compara��o com o quarto trimestre de 2012, avaliou o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Ot�vio de Souza Leal. "Se o IBC-Br for de zero em mar�o, j� daria um PIB pr�ximo de 0,8%. Como provavelmente n�o ser� zero, pelas indica��es de dados da Anfavea para a produ��o industrial, a probabilidade � de um PIB pr�ximo de 1%", comentou. No ano, a expectativa da casa � de crescimento de 3,3% no PIB.
Para o economista, os dados do IBC-Br de fevereiro "s�o bons, apesar de serem negativos". Ele explica que, al�m da queda no segundo m�s do ano, na margem, ter sido menor do que a esperada pelo mercado, houve uma revis�o do resultado de janeiro sobre dezembro para cima. Em fevereiro, o indicador recuou 0,52% em rela��o a janeiro. A mediana das proje��es dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Proje��es era de -0,85%. O dado de janeiro foi revisto de 1,29% para 1,43%.
"Quando olhamos esses dois dados, no agregado temos um primeiro bimestre do ano mostrando crescimento maior do que esperado anteriormente", disse Leal. A queda de fevereiro � o maior recuo para o m�s desde 2005. Para o economista, isso � s� um reflexo da "volatilidade dos dados". "Do mesmo jeito tivemos um resultado em janeiro que foi o maior desde 2008", afirmou.
O economista-chefe do ABC Brasil credita a volatilidade ao peso que a ind�stria automobil�stica tem nos indicadores. "E toda hora tem esse vai e vem no IPI", disse, sobre o benef�cio de redu��o do imposto para autom�veis. "Apesar de para a economia ser importante essa quest�o da redu��o do IPI, para efeito de observa��o dos dados � mais complicado."