A infla��o alta no Brasil � uma preocupa��o, sobretudo por ocorrer em um momento de baixo crescimento econ�mico, o que pode sinalizar que o Pa�s est� pr�ximo de seu potencial. A avalia��o consta do relat�rio "Proje��o Econ�mica Mundial", divulgado nesta ter�a-feira, 15, pelo FMI.
Segundo o economista do fundo para a Am�rica Latina, Thomas Helbling, na medida em que o crescimento econ�mico se acelere, a atual pol�tica monet�ria do Banco Central pode ser questionada. "A infla��o est� no topo da banda mais alta da meta, o n�cleo da infla��o est� relativamente elevado", destacou a jornalistas.
Helbling observa que o Brasil enfrenta problemas pelo lado da oferta e a infraestrutura � um dos principais gargalos, mas os investimentos que v�m sendo feitos podem trazer algum al�vio. Outro ponto que vem ajudando na recupera��o da economia, depois do crescimento de apenas 0,9% em 2012, � a melhora do mercado de trabalho, que tem aumentado a renda das fam�lias e estimulado o consumo.
Economia mundial
O FMI prev� queda no pre�os dos alimentos e de outras commodities este ano, ajudando a manter a infla��o sob controle na economia mundial. Em m�dia, os pre�os das commodities devem cair 2% este ano, em meio ao aumento da oferta e sem demanda excessiva. Em rela��o aos alimentos, o relat�rio do Fundo fala em redu��o de "mais de 2%" nos pre�os, sem citar um n�mero preciso, por conta da previs�o de uma safra agr�cola melhor e da expectativa de que n�o haja secas como as que ocorreram em 2011 e 2012 ao redor do mundo e que fizeram os pre�os subirem.
O FMI projeta que os pre�os das bebidas devem cair 12% em meio ao aumento da produ��o no setor. As �nicas commodities que devem subir s�o as met�licas, com expectativa de expans�o acima de 3%, diz o relat�rio sem especificar o valor exato.
Os pre�os em queda da maioria das commodities agr�colas devem contribuir para uma infla��o sob controle no mundo em 2013 e em 2014. Nos pa�ses desenvolvidos, o �ndice de pre�os ao consumidor (CPI, na sigla em ingl�s) deve subir 1,7% este ano, pouco acima do que o Fundo previa no relat�rio de estimativas de janeiro (1 6%).