As 25 plataformas que planeja colocar em opera��o at� 2017 dar�o � Petrobr�s capacidade para produzir mais de 2,5 milh�es de barris por dia de �leo novo. Por�m, a estatal prev� apenas adicionar 750 mil barris/dia � produ��o, hoje de 2 milh�es. Apesar do sucesso do pr�-sal, fontes na Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP) e do governo est�o preocupadas com o decl�nio de produ��o em campos antigos.
O principal problema apontado pela ANP seria a m� gest�o de reservat�rios, gerando excesso de produ��o de �gua. "Uma coisa � o decl�nio natural da produ��o. O que a ANP est� constatando � um decl�nio acima do natural, do esperado", diz uma fonte do governo. "A ANP � nosso bra�o (nessa quest�o) e est� 100% alinhada com o governo. Vai saber o que fazer."
A ag�ncia tem cobrado da Petrobr�s mais investimentos em reservat�rios antigos, com a revis�o do plano de desenvolvimento dos dez maiores campos, respons�veis por cerca de 80% da produ��o nacional.
Encarregada pelo processamento dos dados da Petrobr�s, a ANP acredita que a queda de produ��o em campos gigantes antigos da Bacia de Campos anula boa parte do acr�scimo recente do pr�-sal. Passados sete anos da descoberta, a Petrobr�s produz 300 mil barris/dia no pr�-sal. Um n�mero significativo, j� que, no Golfo do M�xico (EUA), foram 17 anos desde a descoberta para atingir o mesmo patamar.
Em qualquer lugar, a produ��o em campos de petr�leo sofre decl�nio. No caso da Petrobr�s, � de cerca de 10% ao ano (200 mil barris/dia a menos). A Petrobr�s tamb�m convive com paradas para manuten��o de plataformas, com forte impacto negativo na produ��o. A companhia ressalva que a capacidade total das unidades se refere ao processamento de l�quidos, incluindo �leo e �gua. "No in�cio, a produ��o de �gua tende a zero. Com o tempo, o volume aumenta e, em consequ�ncia, diminui a produ��o de �leo", diz a companhia, em nota ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado.
Mas a ANP considera que houve pouco investimento para recuperar a produ��o nesses campos. Freire, que fez carreira na petroleira e participou do in�cio da explora��o em �guas profundas, diz que s�o necess�rios investimentos para aumentar a recupera��o dos campos.
Se todas as novas plataformas operassem no pico, j� descontando a participa��o de parceiros e o decl�nio de 10% ao ano, poderia haver uma produ��o l�quida at� 2017 de 1 milh�o de barris/dia de �gua, para 750 mil barris/dia de �leo adicionais, diz uma fonte da ANP. "As plataformas n�o operam no limite e alguma produ��o de �gua � normal. Mas � uma conta que n�o fecha, por isso a ANP est� preocupada".
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