A General Motors entrou na quarta-feira, 24, com a��o de diss�dio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Porto Alegre e uma audi�ncia est� marcada para a manh� desta sexta-feira, 25. A medida foi uma resposta � greve iniciada na quarta-feira, 24, na f�brica de Gravata� (RS), que deve prosseguir nesta quinta-feira, 25.
A unidade produz aproximadamente 1,2 mil unidades por dia dos modelos Celta, Onix e Prisma, em tr�s turnos de trabalho. Emprega entre 4 mil e 4,5 mil trabalhadores. Somando o pessoal das 19 fabricantes de autope�as que atuam no complexo, o n�mero se aproxima de 8 mil metal�rgicos. A greve atinge s� o pessoal da linha de montagem da GM.
Os funcion�rios reivindicam 12% de reajuste salarial, R$ 4,5 mil de abono e R$ 12 mil de participa��o nos lucros e resultados (PLR). A empresa ofereceu aumento de 8,2%, abono de R$ 2,8 mil e PLR de R$ 8.650.
Os metal�rgicos tamb�m querem equipara��o do piso salarial com as f�bricas do grupo em S�o Caetano do Sul e S�o Jos� dos Campos (SP), que � de R$ 1.712. No Sul, o piso atual � de R$ 1.022. Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Metal�rgicos de Gravata�, Valcir Ascari, antes da greve a categoria chegou a avaliar valores menores para reajuste (11%), abono (R$ 3,2 mil) e PLR (R$ 10 mil), mas, diante da falta de acordo, “voltamos para a estaca zero, ou seja, para nossa reivindica��o inicial”.
A greve paralisou parcialmente a produ��o na parte da manh� de quarta-feira, 24, pois parcela significativa dos funcion�rios do primeiro turno entrou para trabalhar, mesmo ap�s ter sido aprovada a greve em assembleia. J� no turno da tarde, a ades�o foi de 90%, segundo Ascari.
No in�cio da noite, o pessoal do terceiro turno tamb�m aprovou a paralisa��o. A ideia do sindicato, que � filiado � For�a Sindical, era come�ar a greve com essa turma, que entra � meia noite. Mas, segundo o sindicalista, havia forte aparato policial nos port�es da f�brica - a pedido da empresa -, e n�o foi poss�vel realizar a assembleia.
Durante todo o dia a pol�cia esteve no local, mas n�o houve confrontos, de acordo com Ascari. A estrada que d� acesso ao local teve o tr�nsito interrompido por v�rias horas.
Fuga
A GM - assim como outras montadoras que abriram novas f�bricas fora de S�o Paulo no fim dos anos 90 - buscava fugir dos altos sal�rios pagos no Sudeste e do movimento sindical mais organizado. A Volkswagen de S�o Jos� dos Pinhais (PR), tem enfrentado constantes greves na �poca de negociar o diss�dio coletivo.
Por falta de acordo de flexibiliza��o nas rela��es trabalhistas, a GM suspendeu novos projetos para a f�brica de S�o Jos� dos Campos. Com o fim da produ��o dos modelos Corsa, Meriva e Zafira em 2012, a empresa dispensou quase mil funcion�rios. Os produtos substitutos est�o sendo produzidos em S�o Caetano e Gravata�.