O economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola afirmou nesta quinta-feira que o �ndice de difus�o da infla��o se mant�m num n�vel muito elevado e que a perspectiva inflacion�ria de 2013 e 2014 "embute a ideia de que 4,5% n�o � mais a meta buscada". De acordo com Loyola, o governo parece dar-se por satisfeito com a infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 6%. "Os instrumentos de combate � infla��o est�o cada vez mais heterodoxos", criticou. Segundo ele, a pol�tica monet�ria tende a ficar "atr�s da curva", entregando "menos do que deveria e mais tardiamente". Loyola prev� que a infla��o fique entre 5,8% e 6% pelos pr�ximos anos.
Conforme o economista e ex-presidente do BC, a decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) de aumentar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic na �ltima reuni�o foi lida como "dowvish" pelo mercado. "Acreditamos num ciclo de eleva��o de juros de 100 pontos, insuficiente", afirmou, em evento organizado pela Coface.
Na an�lise de Loyola, a ata da reuni�o, divulgada nesta quinta-feira pelo BC, mostra um ciclo de aperto monet�rio, mas com muita hesita��o. O economista e ex-presidente da institui��o financeira afirmou que os canais de transmiss�o de pol�tica monet�ria do BC est�o obstru�dos e citou o mercado de cr�dito e o de c�mbio. "Temos parte importante do mercado de cr�dito no Brasil inel�stica � pol�tica monet�ria do BC. O cr�dito � um canal de transmiss�o de pol�tica monet�ria que est� entupido", afirmou.
Loyola disse que a economia brasileira mostra dados mistos de recupera��o e que o governo d� sinais de que n�o sabe lidar com cen�rio de baixo crescimento e alta infla��o. "Vemos uma postura m�ope do governo (sobre combate � infla��o e est�mulo ao crescimento econ�mico) agravada pela antecipa��o da corrida presidencial", completou.