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Estado de Minas

Brasileiro defende sua candidatura � dire��o da OMC


postado em 29/04/2013 18:03 / atualizado em 29/04/2013 18:30

Um dos dois candidatos na corrida pela dire��o da OMC, o brasileiro Roberto Azev�do, acredita ser a melhor op��o para dar um novo ar a esta organiza��o encarregada de regular o com�rcio internacional e sua aplica��o, e defende a sua candidatura. Em entrevista � AFP, antes do in�cio da �ltima rodada da disputa na qual compete com o mexicano Herminio Blanco na quarta-feira, Roberto Azev�do explicou que as negocia��es sobre o com�rcio internacional estagnaram e defendeu suas ideias para promover seu avan�o.

"O sistema comercial multilateral est� enfraquecido por uma paralisia completa das negocia��es", declarou Azevedo, que � o embaixador do Brasil na OMC desde 2008, e que espera ser nomeado o pr�ximo diretor-geral da organiza��o em 7 de maio. "A coisa mais importante a ter em mente � que n�o se trata apenas de negocia��es, mas de todo o sistema", explicou.

"Trata-se de tornar o sistema compat�vel com o mundo de hoje, e a �nica maneira de chegar l� � incentivar o com�rcio e a liberaliza��o do com�rcio como componente essencial das pol�ticas de desenvolvimento", acrescentou Azevedo. "S� poderemos chegar l� se desbloquearmos o sistema", insistiu. Criada em 1995, a OMC tem como objetivo a abertura dos mercados comerciais e remover barreiras, tais como os subs�dios, tarifas aduaneiras e outras pol�ticas consideradas excessivas, a fim de dar um novo impulso � economia global.

O objetivo declarado da Rodada de Doha, que foi criada em uma c�pula no Qatar em 2001, � o de desenvolver o com�rcio para beneficiar os pa�ses mais pobres. Mas os 159 pa�ses-membros da OMC t�m falhado repetidamente em suas tentativas de chegar a um acordo. As principais diverg�ncias referem-se a China, Uni�o Europeia, �ndia e Estados Unidos, e agora existem temores de que a pr�xima c�pula da OMC, em dezembro de 2013, seja um novo fracasso.


"N�s come�amos em Doha a vender a ideia de que a rodada era uma coisa boa para n�s e que um monte de coisas se concretizariam", disse Azevedo. "No entanto, o objetivo se revelou imposs�vel (...), o que eu sugiro � uma modula��o de nossas ambi��es, avan�ar o m�ximo poss�vel", e ignorar os assuntos mais dif�ceis e delicados, considerou.

O mexicano Blanco � o outro finalista na corrida para suceder o franc�s Pascal Lamy, ex-comiss�rio europeu que foi nomeado por duas vezes, em 2005 e 2009, diretor-geral da OMC. Herminio Blanco, um economista de 62 anos, foi o negociador para o M�xico do Acordo de Livre Com�rcio da Am�rica do Norte, e dirige uma empresa de consultoria em com�rcio internacional. Ele tamb�m foi ministro do Com�rcio por mais de dez anos.

Azev�do, de 55 anos, defende que sua trajet�ria diplom�tica dedicada ao com�rcio em Bras�lia e em Genebra teve import�ncia crucial. "Em termos de negocia��es, precisamos de um diretor-geral capaz de arrega�ar as mangas, sentar-se com os Estados membros, e conversar com eles em p� de igualdade", defendeu. "Para isso, � necess�rio conhecer o sistema, e � isso, na minha opini�o, que mais distingue a minha candidatura da do Sr. Blanco", afirmou.

O diretor-geral da OMC n�o � realmente eleito, mas nomeado por consenso. Os candidatos eliminados na primeira rodada representavam Qu�nia, Gana, Jord�nia e Costa Rica. Na segunda rodada, outros tr�s candidatos foram eliminados: os de Indon�sia, Coreia do Sul e Nova Zel�ndia. Antes de se tornar embaixador, Azev�do foi o negociador-chefe para o Brasil em disputas comerciais do pa�s.

"Se eu for eleito, n�o vou defender os interesses brasileiros", ressaltou. No entanto, ele reconheceu que um diretor-geral de um pa�s em desenvolvimento seria de grande valor simb�lico. � exce��o de um tailand�s, em 2002-2005, os diretores-gerais da OMC foram todos europeus.


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